Brasil

PF faz operação contra ex-assessora de Lira por ordem de Flávio Dino

Atual assessora do PP na Câmara, Mariângela Fialek era a responsável pelos trâmites para liberação de emendas na gestão de Lira como presidente da Casa

O deputado Arthur Lira, que já foi presidente da Câmara (Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado Arthur Lira, que já foi presidente da Câmara (Lula Marques/Agência Brasil)

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 11h38.

A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira, 12, dois mandados de busca e apreensão contra Mariângela Fialek, ex-assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL), por ordem do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo está sob sigilo.

Conhecida como Tuca, ela era a responsável pelos trâmites burocráticos para a liberação de emendas parlamentares quando Lira era o presidente da Câmara. A decisão foi dada no âmbito do inquérito do Supremo que apura um esquema de desvio das verbas a que os deputados têm direito para enviar às suas bases eleitorais.

Segundo a EXAME apurou, a PF fez buscas na sala usada pela funcionária nas dependências da Câmara e também na casa dela. Atualmente Mariângela é assessora do PP.

Emendas de relator

A ação policial desta sexta-feira foi batizada pela PF como Operação Transparência e causa preocupação entre deputados, pois a ex-assessora de Lira estava à frente das negociações para liberação das chamadas emendas de relator, que, diferentemente das individuais, eram menos transparentes e de difícil rastreamento.

Em nota, a PF informou que investiga os "crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção".

Flávio Dino é o relator das investigações sobre um suposto esquema de corrupção relacionado às emendas, o que tem causado uma crise entre parlamentares e o STF.

O magistrado já havia determinado outras operações para aprofundar as investigações sobre o caso e, em outubro, obrigou o governo federal a fazer uma campanha publicitária voltada à promoção da transparência das emendas parlamentares. A medida se estendeu, também, aos veículos de comunicação tanto do Congresso quanto do Judiciário.

A obrigatoriedade é de transmissão de propagandas no período de dezembro de 2025 a março de 2026 com o propósito de divulgar "os canais de acesso a informações e como acompanhar a destinação das emendas".

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosSupremo Tribunal Federal (STF)Flávio DinoArthur Lira

Mais de Brasil

Anac aprova edital de leilão simplificado para o Aeroporto do Galeão

Moraes vota pela cassação do mandato de Carla Zambelli

Primeira Turma do STF analisa cassação de Zambelli e posse de suplente

Guia de direitos: o que fazer se o carro quebrar ou a oficina atrasar a viagem?