Brasil

PF faz a vigilância do delator do esquema na Petrobras

Paulo Roberto Costa teve a vigilância constante no primeiro dia de cumprimento da sua prisão domiciliar

Paulo Roberto da Costa durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Paulo Roberto da Costa durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 18h52.

Rio - No primeiro dia de cumprimento da prisão domiciliar, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve a vigilância constante de policiais federais na porta de sua residência, no Rio.

Uma viatura da Polícia Federal permaneceu todo o dia em frente à sua casa, com equipes que se revezavam na vigilância ao delator do esquema de corrupção envolvendo a estatal.

No condomínio, o movimento foi tranquilo durante todo o dia. A prisão domiciliar do ex-diretor foi tema de conversas nas guaritas de segurança, entre vizinhos e mesmo entre os funcionários das diversas residências de alto padrão do local.

Costa foi transferido na tarde de quarta-feira, 30, de Curitiba, onde estava preso desde junho, sob forte esquema de proteção policial.

Sem se identificar, um vizinho e seguranças de uma guarita próxima a casa do ex-diretor comentaram que o ex-diretor se tornou "a nova celebridade" do condomínio, em referência à permanência da imprensa no local.

"Já tínhamos vizinhos ilustres, como (o cantor) Dudu Nobre, e algumas atrizes. Agora temos um acusado de corrupção", comentou o vizinho. Entre os famosos com imóvel no condomínio, ele citou as atrizes Juliana Paes e Nívea Stelmann.

Alguns vizinhos, apreensivos com a exposição do condomínio, demonstraram irritação com os repórteres. Outro morador afirmou que desconhecia a vizinhança ligada a políticos e atos de corrupção.

"Aqui as pessoas só se cumprimentam por educação. Não poderíamos imaginar que um ex-diretor da Petrobras, citado em denúncias, poderia morar aqui", comentou.

Paulo Roberto Costa responde a dois processos na Justiça Federal do Paraná, por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, em que articulava fraudes e desvio de recursos em contratos da estatal, e destruição de provas.

Também suas filhas e genros são investigados por destruição de provas e obstrução da justiça, além de integrarem empresas supostamente ligadas ao esquema.

Todos os membros da família foram beneficiados com a delação premiada. O ex-diretor prestou depoimento sobre o funcionamento do esquema de corrupção e denunciou políticos e empresas beneficiados com o esquema.

Em troca, ele poderá aguardar o julgamento em prisão domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica durante um ano. Além disso, terá a pena flexibilizada em caso de condenação, podendo cumprir a sentença em regime semiaberto.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPolícia FederalPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso