PF espreita quadrilha por comércio ilegal de R$ 10 bilhões em ouro da Amazônia
Corporação estima que os prejuízos socioambientais causados pela organização ultrapassem R$ 27 bilhões
Agência de notícias
Publicado em 27 de setembro de 2023 às 18h55.
Última atualização em 27 de setembro de 2023 às 19h58.
A Polícia Federal abriu nesta quarta-feira, 27, a Operação Ouropel que espreita grupo de empresas por suposto comércio ilegal de mais de R$ 10 bilhões em ouro extraído da Amazônia Legal .
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Agentes da Operação Ouropel vasculharam nesta quarta 17 endereços em Itaituba, Novo Progresso (PA) e Cuiabá. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal, que decretou o bloqueio de R$ 290 milhões de investigados e suspendeu as atividades de companhias sob suspeita—oito ao todo.
Segundo a PF, os alvos da investigação—entre eles distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs) e cooperativas de garimpeiros—acumulam 112 processos minerários tramitando em seus nomes. Todos esses processos foram suspensos por ordem judicial.
A PF informou que uma empresa "adquiriu bilhões de reais em ouro da Amazônia nos últimos anos". O grupo sob suspeita é investigado pelos crimes de usurpação de bens públicos, lavagem de dinheiro, crimes ambientais ligados à garimpagem ilegal e associação criminosa.
A investigação foi aberta em junho e já identificou o "esquentamento" de mais de 1 tonelada de ouro—via Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) correspondentes a áreas situadas na bacia do rio Tapajós, nas cidades de Itaituba e Jacareacanga, no Pará.
Laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal aponta o garimpo ilegal como principal causa da poluição do Tapajós.