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PF analisará documentos antes de questionar Temer em inquérito

Análise foi autorizada pelo ministro do STF Roberto Barroso, que já tinha permitido, no mês passado, que a PF fizesse perguntas a Temer na apuração

Michel Temer: a investigação sobre os portos é a única a que Temer responde no exercício do cargo (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: a investigação sobre os portos é a única a que Temer responde no exercício do cargo (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 08h56.

Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso autorizou a Polícia Federal a analisar novos documentos antes de fazer questionamentos ao presidente Michel Temer no inquérito em que ele é investigado por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição de um decreto deste ano que mudou regras do sistema portuário.

Barroso já tinha permitido no mês passado que a PF fizesse perguntas a Temer na apuração. A defesa do presidente havia informado ao STF que o presidente iria responder por escrito em depoimento requerido pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

A investigação sobre os portos é a única a que Temer responde no exercício do cargo, após a rejeição pela Câmara dos Deputados de duas denúncias contra o presidente apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No final de junho, no mesmo dia em que ofereceu a primeira denúncia contra Temer por corrupção passiva, Janot pediu a abertura de um novo inquérito contra o presidente e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures para investigar a suspeita de pagamento de propina a ambos para edição do decreto dos portos que interessava à empresas Rodrimar.

No despacho mais recente, de segunda-feira, o ministro do Supremo autorizou novas diligências requeridas pela PF, tais como a obtenção de registro de doações eleitorais da empresa Rodrimar para Temer e para o PMDB nas últimas eleições, registros de entrada no Palácio do Planalto de executivos da empresa e documentos que mostram o processo de aprovação do decreto dentro do governo.

Temer e os demais envolvidos negam irregularidades na edição do decreto.

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