Logo da Petrobras: os integrantes do sindicato – que é vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) – questionam a proposta de reajuste salarial apresentada à categoria de 5,73% (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2015 às 12h28.
O Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) fez uma manifestação, na manhã de hoje (16), em frente ao Centro Empresarial do Senado, um dos prédios administrativos da Petrobras, no centro do Rio.
Os integrantes do sindicato – que é vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) – questionam a proposta de reajuste salarial apresentada à categoria de 5,73%.
O diretor do Sindipetro-RJ, Toni Furtado, disse que a proposta da empresa não repõe nem mesmo a inflação e cobrou mais diálogo da Petrobras com os servidores.
“Por que ela não repõe, pelo menos, a inflação? Já que essa proposta não cobre sequer isso. A gente tem essa postura de lutar para que obtenhamos um ganho real, o que não está acontecendo no momento".
Ele explicou ainda que a paralisação, que já dura 15 dias, tem sido feita de forma setorial. “A gente escolhe uma das bases e realiza esse questionamento. Contamos com a força dos trabalhadores, que tem nos apoiado", disse Furtado que também pediu mais diálogo. "Gostaríamos também que houvesse um diálogo, que a Petrobras nos chamasse para discutir nossas propostas”, disse.
Em nota, a empresa argumenta que agendou reuniões com os representantes dos empregados nas últimas semanas na sede da companhia e que eles não compareceram.
Toni Furtado esclareceu que os sindicalistas não compareceram, por entenderam que a proposta apresentada não merecia ser discutida, já que estava muito abaixo do esperado.
“Se fosse um índice aproximado, ou maior que o IPCA, aí sim sentaríamos e conversaríamos", concluiu.
O secretário de comunicação do Sindipetro-RJ, Carlos Espinheira, lamentou a forma como as negociações estão sendo conduzidas e ameaçou paralisação total na empresa.
“Eles mudaram a forma de negociar, o que foi ruim pra gente. Na última vez em que estivemos juntos, a postura deles foi de não apresentar nenhuma proposta nova, mas manter a antiga, que eu classifico como provocativa. (...) O que tenho certeza é que passa a imagem de que não estão preocupados. Se for assim, a situação se encaminha para uma paralisação total”, ameaçou.
A nota da Petrobras informa ainda que a empresa apresentou sua proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015 no mês de setembro e está aberta para negociar com os sindicatos para um entendimento sobre o acordo.