Petista suspenso por elo com PCC diz que vai à Justiça
Luiz Moura foi suspenso por 60 dias por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 22h39.
São Paulo - O deputado estadual Luiz Moura, suspenso pelo PT por 60 dias por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital ( PCC ), afirmou nesta terça-feira, dia 3, que pretende recorrer à Executiva Nacional do partido e, se for o caso, à Justiça, para garantir o direito de disputar a reeleição em outubro.
As declarações foram feitas após uma sessão tumultuada da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, que terminou em bate-boca.
Moura criticou o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, afirmando que a liderança já havia tomado a decisão de expulsá-lo antes mesmo de ouvi-lo.
"Eu já sabia da decisão três ou quatro dias antes pelo próprio presidente, que não fala olhando nos olhos, fala abaixando a cabeça, sem estar convicto do que estava falando", disse.
Procurado, Emídio disse que "não queria polemizar" com Luiz Moura, mas afirmou que lhe foram dadas todas as chances de defesa.
Como não tem mais tempo para se filiar a outro partido e não poderá concorrer à eleição enquanto estiver suspenso, Moura não poderá ser votado em outubro.
O deputado chamou seu afastamento de uma "decisão autoritária" e "arbitrária". "Não é esse o partido pelo qual eu tanto militei." No entanto, ele descarta se filiar a outra agremiação política.
O petista foi flagrado pela Polícia Civil em uma reunião de motoristas de cooperativas de ônibus onde estavam também integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele argumenta que não sabia que parte dos presentes tinha ligação com o crime organizado.
Comissão
Moura compareceu espontaneamente à sessão da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, que havia sido convocada pelo presidente da comissão, Hélio Nishimoto (PSDB) justamente para discutir seu caso.
A convocação atendeu a representação feita pelo tucano Pedro Tobias (PSDB), que defendeu abertura de procedimento contra Moura. A reunião atraiu os principais líderes da Assembleia Legislativa: Campos Machado (PTB), Antônio Mentor (PT), João Paulo Rillo (PT), Ênio Tatto (PT) e Alex Manente (PPS).
Nas discussões, ficou clara a divisão entre parlamentares tucanos, que queriam ouvir Moura, e todos os demais. A sessão foi suspensa depois de o deputado José Bittencourt (PSD) questionar a legalidade do encontro.
De acordo com ele, pelo regimento, Moura deveria ter recebido uma cópia da representação, na qual também era citado. Caso contrário, a convocação da reunião deveria ser suspensa.
Bate-boca
Vendo que a sessão acabaria, Tobias começou a atacar Moura, dizendo que ele deveria explicar sua evolução patrimonial e o encontro com "15 membros" do PCC.
Mentor, então, começou a gritar contra Tobias, o que o impediu de continuar os ataques. Mas os dois parlamentares começaram a chamar um ao outro de "mentiroso", até serem contidos e a sessão acabar.
São Paulo - O deputado estadual Luiz Moura, suspenso pelo PT por 60 dias por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital ( PCC ), afirmou nesta terça-feira, dia 3, que pretende recorrer à Executiva Nacional do partido e, se for o caso, à Justiça, para garantir o direito de disputar a reeleição em outubro.
As declarações foram feitas após uma sessão tumultuada da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, que terminou em bate-boca.
Moura criticou o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, afirmando que a liderança já havia tomado a decisão de expulsá-lo antes mesmo de ouvi-lo.
"Eu já sabia da decisão três ou quatro dias antes pelo próprio presidente, que não fala olhando nos olhos, fala abaixando a cabeça, sem estar convicto do que estava falando", disse.
Procurado, Emídio disse que "não queria polemizar" com Luiz Moura, mas afirmou que lhe foram dadas todas as chances de defesa.
Como não tem mais tempo para se filiar a outro partido e não poderá concorrer à eleição enquanto estiver suspenso, Moura não poderá ser votado em outubro.
O deputado chamou seu afastamento de uma "decisão autoritária" e "arbitrária". "Não é esse o partido pelo qual eu tanto militei." No entanto, ele descarta se filiar a outra agremiação política.
O petista foi flagrado pela Polícia Civil em uma reunião de motoristas de cooperativas de ônibus onde estavam também integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ele argumenta que não sabia que parte dos presentes tinha ligação com o crime organizado.
Comissão
Moura compareceu espontaneamente à sessão da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, que havia sido convocada pelo presidente da comissão, Hélio Nishimoto (PSDB) justamente para discutir seu caso.
A convocação atendeu a representação feita pelo tucano Pedro Tobias (PSDB), que defendeu abertura de procedimento contra Moura. A reunião atraiu os principais líderes da Assembleia Legislativa: Campos Machado (PTB), Antônio Mentor (PT), João Paulo Rillo (PT), Ênio Tatto (PT) e Alex Manente (PPS).
Nas discussões, ficou clara a divisão entre parlamentares tucanos, que queriam ouvir Moura, e todos os demais. A sessão foi suspensa depois de o deputado José Bittencourt (PSD) questionar a legalidade do encontro.
De acordo com ele, pelo regimento, Moura deveria ter recebido uma cópia da representação, na qual também era citado. Caso contrário, a convocação da reunião deveria ser suspensa.
Bate-boca
Vendo que a sessão acabaria, Tobias começou a atacar Moura, dizendo que ele deveria explicar sua evolução patrimonial e o encontro com "15 membros" do PCC.
Mentor, então, começou a gritar contra Tobias, o que o impediu de continuar os ataques. Mas os dois parlamentares começaram a chamar um ao outro de "mentiroso", até serem contidos e a sessão acabar.