Perito é primeira testemunha de nova etapa de julgamento
Os promotores do caso arrolaram 11 testemunhas de acusação
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 17h33.
São Paulo – Após um intervalo para o almoço, o primeiro dia de julgamento do Massacre do Carandiru , em São Paulo, foi retomado hoje (29) com o depoimento do perito Osvaldo Negrini Neto, testemunha de acusação. O perito é a primeira das testemunhas de acusação a ser ouvida.
Os promotores do caso arrolaram 11 testemunhas de acusação, mas acredita-se que eles deverão utilizar somente o testemunho presencial de Negrini Neto e também os depoimentos em vídeo dados por outras duas testemunhas na primeira fase do julgamento, ocorrida em abril deste ano. As demais testemunhas de acusação deverão ser liberadas.
Negrini Neto foi ouvido em abril, na primeira etapa do julgamento sobre o Massacre do Carandiru, quando 23 policiais militares foram acusados pela morte de 13 detentos, ocorrida no segundo pavimento do Pavilhão 9. Na segunda etapa do julgamento do massacre, 26 policiais militares são acusados pela morte de 73 detentos no terceiro pavimento.
Aos promotores do caso, Fernando Pereira Filho e Eduardo Olavo Canto, o perito voltou a dizer que não houve confronto na ação policial que provocou a morte de 111 detentos do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru. Segundo o perito, os tiros foram disparados da soleira da porta para dentro das celas, com vários tiros disparados em rajadas de metralhadoras.
Em seu depoimento, o perito falou que, após o massacre, o local não foi preservado para que a perícia pudesse ser feita. “Infelizmente, não [foi preservado]”, disse o perito. Segundo ele, as celas foram lavadas antes de a perícia ser feita. Apesar disso, disse Negrini Neto, foi possível constatar que não houve confronto entre presos e policiais porque os vestígios foram deixados nas paredes das celas, onde a perícia conseguiu encontrar muitas marcas de balas. “Muitos vestígios [do crime] foram perdidos, mas não foi possível apagar os vestígios das paredes”, disse.
Os vestígios nas paredes, segundo o perito, indicam que alguém atirou da soleira da porta para dentro das celas. “Se houvesse confronto, haveria vestígios nas paredes opostas [às das celas]. No terceiro pavimento, tinha só dois disparos no corredor, próximos à porta da cela, e indicam que foram dados de frente para a cela”, falou o perito.
Depois das testemunhas de acusação serão ouvidas as seis testemunhas arroladas pelos advogados de defesa dos policiais. A previsão do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo é que o julgamento termine até a madrugada do próximo sábado.
Hoje pela manhã, foram sorteados os sete jurados que compõem o conselho de sentença, todos do sexo masculino. Também pela manhã, os sete jurados leram as peças do julgamento, onde tomam conhecimento sobre a acusação.
Todo o processo do Carandiru foi separado em várias etapas de julgamento, divididos pelas ações policiais referentes a cada um dos quatro pavimentos do Pavilhão 9.
O caso Carandiru ficou conhecido como o maior massacre do sistema penitenciário brasileiro. No dia 2 de outubro de 1992, os policiais acusados entraram no Pavilhão 9 da Casa de Detenção para reprimir uma rebelião. A ação resultou em 111 mortos e 87 feridos.
São Paulo – Após um intervalo para o almoço, o primeiro dia de julgamento do Massacre do Carandiru , em São Paulo, foi retomado hoje (29) com o depoimento do perito Osvaldo Negrini Neto, testemunha de acusação. O perito é a primeira das testemunhas de acusação a ser ouvida.
Os promotores do caso arrolaram 11 testemunhas de acusação, mas acredita-se que eles deverão utilizar somente o testemunho presencial de Negrini Neto e também os depoimentos em vídeo dados por outras duas testemunhas na primeira fase do julgamento, ocorrida em abril deste ano. As demais testemunhas de acusação deverão ser liberadas.
Negrini Neto foi ouvido em abril, na primeira etapa do julgamento sobre o Massacre do Carandiru, quando 23 policiais militares foram acusados pela morte de 13 detentos, ocorrida no segundo pavimento do Pavilhão 9. Na segunda etapa do julgamento do massacre, 26 policiais militares são acusados pela morte de 73 detentos no terceiro pavimento.
Aos promotores do caso, Fernando Pereira Filho e Eduardo Olavo Canto, o perito voltou a dizer que não houve confronto na ação policial que provocou a morte de 111 detentos do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru. Segundo o perito, os tiros foram disparados da soleira da porta para dentro das celas, com vários tiros disparados em rajadas de metralhadoras.
Em seu depoimento, o perito falou que, após o massacre, o local não foi preservado para que a perícia pudesse ser feita. “Infelizmente, não [foi preservado]”, disse o perito. Segundo ele, as celas foram lavadas antes de a perícia ser feita. Apesar disso, disse Negrini Neto, foi possível constatar que não houve confronto entre presos e policiais porque os vestígios foram deixados nas paredes das celas, onde a perícia conseguiu encontrar muitas marcas de balas. “Muitos vestígios [do crime] foram perdidos, mas não foi possível apagar os vestígios das paredes”, disse.
Os vestígios nas paredes, segundo o perito, indicam que alguém atirou da soleira da porta para dentro das celas. “Se houvesse confronto, haveria vestígios nas paredes opostas [às das celas]. No terceiro pavimento, tinha só dois disparos no corredor, próximos à porta da cela, e indicam que foram dados de frente para a cela”, falou o perito.
Depois das testemunhas de acusação serão ouvidas as seis testemunhas arroladas pelos advogados de defesa dos policiais. A previsão do juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo é que o julgamento termine até a madrugada do próximo sábado.
Hoje pela manhã, foram sorteados os sete jurados que compõem o conselho de sentença, todos do sexo masculino. Também pela manhã, os sete jurados leram as peças do julgamento, onde tomam conhecimento sobre a acusação.
Todo o processo do Carandiru foi separado em várias etapas de julgamento, divididos pelas ações policiais referentes a cada um dos quatro pavimentos do Pavilhão 9.
O caso Carandiru ficou conhecido como o maior massacre do sistema penitenciário brasileiro. No dia 2 de outubro de 1992, os policiais acusados entraram no Pavilhão 9 da Casa de Detenção para reprimir uma rebelião. A ação resultou em 111 mortos e 87 feridos.