Perdendo aliados não se ganha luta política, diz ex-ministro
O ex-ministro, em mensagem postada em sua página do Facebook, fez o que chamou de "alerta". "Não é perdendo aliados que se ganha uma luta política
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 16h40.
Brasília - Rifado na última reforma ministerial para dar lugar a Aloizio Mercadante , o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que os debates em torno da polêmica carta do vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff mostram um clima estéril para a política.
Ribeiro fez críticas indiretas a Dilma argumentando que até o momento ninguém questionou a veracidade do "desabafo" do peemedebista e que há "uma competição" para desmontar o "inimigo".
O ex-ministro, em mensagem postada em sua página do Facebook, fez o que chamou de "alerta". "Não é perdendo aliados que se ganha uma luta política.
Menos ainda, dizendo, depois que eles romperam, que eles não eram do bem. Porque foram aliados sim e, se foram perdidos, alguma razão houve", escreveu.
"E não é deixando de discutir a veracidade da fala alheia que se vai construir uma nova, e necessária, narrativa para o Brasil sair da situação presente."
Ribeiro disse que leu mais de cem comentários das redes sociais, a maioria de pessoas de esquerda, e "pouquíssimas pessoas - todas elas, por sinal, contrárias ao impeachment - discutiram o conteúdo do que disse o vice-presidente".
"Ninguém discutiu, com poucas exceções, se Temer disse a verdade ou não", afirmou.
Para o ex-ministro, os debates mostram um sinal da fraqueza da esquerda e da sociedade brasileira. "Como se pode fazer uma discussão mínima que seja, se o ponto de partida é: não me interessa se o que ele diz é verdade ou não", afirmou.
"Essa surdez aos fatos, ou se quiserem às narrativas, cria um clima estéril para a política. Quando basta alguém discordar de você, que de pronto você o desqualifica, então não se avança nada. Fica só uma competição para ver quem 'desmonta' melhor o 'inimigo'", completou.
O ex-ministro disse ainda que esse é o lado mais "estéril de um certo pós-modernismo porque suprime qualquer comunidade de fala". "Porque entende que só importam os efeitos do que é dito, não o que é dito. E virá gente postando ataques a Temer, chamando-o de capitão do golpe", escreveu.
Brasília - Rifado na última reforma ministerial para dar lugar a Aloizio Mercadante , o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que os debates em torno da polêmica carta do vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff mostram um clima estéril para a política.
Ribeiro fez críticas indiretas a Dilma argumentando que até o momento ninguém questionou a veracidade do "desabafo" do peemedebista e que há "uma competição" para desmontar o "inimigo".
O ex-ministro, em mensagem postada em sua página do Facebook, fez o que chamou de "alerta". "Não é perdendo aliados que se ganha uma luta política.
Menos ainda, dizendo, depois que eles romperam, que eles não eram do bem. Porque foram aliados sim e, se foram perdidos, alguma razão houve", escreveu.
"E não é deixando de discutir a veracidade da fala alheia que se vai construir uma nova, e necessária, narrativa para o Brasil sair da situação presente."
Ribeiro disse que leu mais de cem comentários das redes sociais, a maioria de pessoas de esquerda, e "pouquíssimas pessoas - todas elas, por sinal, contrárias ao impeachment - discutiram o conteúdo do que disse o vice-presidente".
"Ninguém discutiu, com poucas exceções, se Temer disse a verdade ou não", afirmou.
Para o ex-ministro, os debates mostram um sinal da fraqueza da esquerda e da sociedade brasileira. "Como se pode fazer uma discussão mínima que seja, se o ponto de partida é: não me interessa se o que ele diz é verdade ou não", afirmou.
"Essa surdez aos fatos, ou se quiserem às narrativas, cria um clima estéril para a política. Quando basta alguém discordar de você, que de pronto você o desqualifica, então não se avança nada. Fica só uma competição para ver quem 'desmonta' melhor o 'inimigo'", completou.
O ex-ministro disse ainda que esse é o lado mais "estéril de um certo pós-modernismo porque suprime qualquer comunidade de fala". "Porque entende que só importam os efeitos do que é dito, não o que é dito. E virá gente postando ataques a Temer, chamando-o de capitão do golpe", escreveu.