Brasil

Paulistano prepara plano B para fugir do trânsito

Com memórias nada agradáveis, paulistanos já planejam trocar o meio de transporte, sair mais cedo do trabalho ou até dar expediente em home office

Trânsito São Paulo: paulistanos já se prepararam para o possível caos de hoje (Victor Moriyama/Getty Images)

Trânsito São Paulo: paulistanos já se prepararam para o possível caos de hoje (Victor Moriyama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 09h17.

São Paulo - Contra o trânsito em dia de jogo, paulistanos já planejam trocar o meio de transporte, sair mais cedo do trabalho ou até dar expediente em home office.

Cientes de que não haverá feriado e com memórias nada agradáveis da partida da seleção brasileira contra o México, que dobrou o tempo de trajeto entre trabalho e casa, desta vez ninguém quer ser pego de surpresa.

O analista de sistemas Simon Moura de Freitas, de 26 anos, fez um acordo com a empresa em que trabalha e nesta segunda-feira, 23, vai prestar serviços em casa. "Conversei para fazer home office, senão não dá. Trabalho longe."

Do Jardim Peri, na zona norte de São Paulo, onde mora, até o Itaim-Bibi, na zona oeste, onde trabalha, o percurso é de mais de 20 km. Em dias comuns, a jornada leva duas horas.

No último jogo do Brasil, Freitas lembra que precisou de ao menos três horas para chegar em casa, usando metrô e ônibus. Como a empresa o havia liberado às 13h, conseguiu chegar logo aos primeiros minutos da partida.

Moradora da Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo, a assistente administrativa Fabiana Faroni trocará o carro pelo metrô nesta segunda para voltar do trabalho na Vila Madalena.

Ela lamenta que, mesmo assim, sabe que vai levar mais tempo para alcançar o destino. "Muita gente vai deixar o carro, então o metrô fica lotado do mesmo jeito", contou.

Na partida contra o México, Fabiana diz que precisou esperar vários trens passarem até que conseguisse entrar. Na ocasião, o percurso que costuma levar 40 minutos durou uma hora e meia.

Sem muitas opções, o empresário Maurício Batemarqui decidiu liberar mais cedo seus três funcionários de uma empresa de paisagismo no Jaçanã, zona norte.

Sairão às 13h. "É até melhor, afinal precisamos deixar os funcionários mais contentes", comenta. A estratégia já havia sido adotada no outro jogo do Brasil, quando os funcionários também foram liberados na hora do almoço. Em dias normais, eles saem às 18h.

Considerou-se sortudo o garçom Anderson Dias, de um bar na zona norte da cidade. Entre um copo de cerveja e uma porção de fritas servidas por ele, Dias comemorará os gols no telão no bar, ao lado dos clientes, assim como tem feito em outras partidas.

"Vou assistir e trabalhar ao mesmo tempo, já é alguma coisa", disse. O garçom já se demonstra otimista. "Brasil vence por 2x1", palpitou.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCopa do MundoEsportesFutebolMetrópoles globaismobilidade-urbanasao-pauloTrânsitoTransportestransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Greve INSS: Justiça determina que ao menos 15% das equipes sigam trabalhando nas agências

Sistema de informação do governo federal que está sob suspeita de ataque hacker segue fora do ar

Fogo em ônibus e moto interdita a Marginal Pinheiros em São Paulo

Mais na Exame