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Paulistano passa 1 mês e meio por ano preso no trânsito

Levantamento mostra que o paulistano gasta, em média, um mês e meio no trânsito a cada ano

Trânsito: média de tempo gasto com deslocamento para o trabalho foi a maior desde 2009 (.)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 10h36.

São Paulo - O paulistano passa, por ano, o equivalente a um mês e meio parado no trânsito . A média faz parte de um levantamento do Ibope , a pedido da Rede Nossa São Paulo, divulgado nesta segunda-feira, 19, na semana do Dia Mundial Sem Carro.

A Pesquisa Sobre Mobilidade Urbana mostra que um morador da capital perde 45 dias a cada ano para fazer todos os deslocamentos diários, como ir e voltar do trabalho, ir e voltar do hospital ou da academia, deixar e buscar os filhos na escola.

O tempo médio gasto no trânsito por dia para realizar a totalidade dos deslocamentos aumentou 20 minutos entre o ano passado e este. Em 2016, ficou em 2h58 ante 2h38 no resultado anterior.

Entre os que usam carro todos ou quase todos os dias, a média ficou em 1h59. Entre os usuários de transporte público, 2h12.

Já o tempo que o paulistano passa no trânsito para a realização da atividade principal - trabalho ou faculdade, por exemplo - bateu recorde.

O número é o mais alto desde 2009, ano em que foi incluída na pesquisa a pergunta sobre tempo de deslocamento. Este ano, o gasto diário é de 2h01, dezessete minutos a mais do que em 2015 (1h44).

Entre quem usa automóvel todos ou quase todos os dias, o tempo médio é de 3h06; entre os usuários do transporte público, 3h11.

Para Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, o aumento no tempo médio diário do paulistano no trânsito se deve à necessidade de grandes deslocamentos entre a casa e o trabalho.

"Alguns distritos concentram os empregos de São Paulo. As pessoas saem da periferia, principalmente, para trabalhar em um mesmo local. Elas não passam esse tempo todo no trânsito porque querem, mas porque precisam. Porque, no seu distrito, além de não ter emprego, faltam também equipamentos culturais e esportivos, além de hospitais", afirma.

Entre os destaques apontados pela Rede Nossa São Paulo, estão as faixas e corredores de ônibus, a abertura de ruas e avenidas, as ciclovias, a redução da velocidade e a aplicação de multas para quem invade faixa de pedestres.

Dos entrevistados, 92% são favoráveis a mais corredores ou faixas de ônibus na capital, ante 90% no ano passado. Entre os usuários frequentes de carro, a aprovação também é alta: 90%.

Política implementada no ano passado, a abertura de ruas e avenidas aos pedestres - como a Avenida Paulista - é aprovada por 76% dos entrevistados. Em 2015, 64% apoiavam. Também cresceu a aprovação para a construção e ampliação de ciclovias: passou de 59% no ano passado para 68% em 2016.

São favoráveis à aplicação de multa para quem invade faixa de pedestres 88% dos entrevistados; somente entre usuários frequentes de carros, a aprovação é de 93%.

Outras áreas

Na percepção do paulistano, a saúde se mantém em primeiro lugar como a "área mais problemática da cidade", com 58%. O tema "desemprego" subiu duas posições e ganhou destaque ao passar de quarto para segundo lugar entre as preocupações do paulista, com 49% das menções. Na terceira colocação, vem a questão da "segurança pública", com 44%. O assunto "trânsito" caiu do quinto para o 6º lugar. O "transporte coletivo" ocupa o quinto lugar (19%).

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São Paulo - O paulistano passa, por ano, o equivalente a um mês e meio parado no trânsito . A média faz parte de um levantamento do Ibope , a pedido da Rede Nossa São Paulo, divulgado nesta segunda-feira, 19, na semana do Dia Mundial Sem Carro.

A Pesquisa Sobre Mobilidade Urbana mostra que um morador da capital perde 45 dias a cada ano para fazer todos os deslocamentos diários, como ir e voltar do trabalho, ir e voltar do hospital ou da academia, deixar e buscar os filhos na escola.

O tempo médio gasto no trânsito por dia para realizar a totalidade dos deslocamentos aumentou 20 minutos entre o ano passado e este. Em 2016, ficou em 2h58 ante 2h38 no resultado anterior.

Entre os que usam carro todos ou quase todos os dias, a média ficou em 1h59. Entre os usuários de transporte público, 2h12.

Já o tempo que o paulistano passa no trânsito para a realização da atividade principal - trabalho ou faculdade, por exemplo - bateu recorde.

O número é o mais alto desde 2009, ano em que foi incluída na pesquisa a pergunta sobre tempo de deslocamento. Este ano, o gasto diário é de 2h01, dezessete minutos a mais do que em 2015 (1h44).

Entre quem usa automóvel todos ou quase todos os dias, o tempo médio é de 3h06; entre os usuários do transporte público, 3h11.

Para Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, o aumento no tempo médio diário do paulistano no trânsito se deve à necessidade de grandes deslocamentos entre a casa e o trabalho.

"Alguns distritos concentram os empregos de São Paulo. As pessoas saem da periferia, principalmente, para trabalhar em um mesmo local. Elas não passam esse tempo todo no trânsito porque querem, mas porque precisam. Porque, no seu distrito, além de não ter emprego, faltam também equipamentos culturais e esportivos, além de hospitais", afirma.

Entre os destaques apontados pela Rede Nossa São Paulo, estão as faixas e corredores de ônibus, a abertura de ruas e avenidas, as ciclovias, a redução da velocidade e a aplicação de multas para quem invade faixa de pedestres.

Dos entrevistados, 92% são favoráveis a mais corredores ou faixas de ônibus na capital, ante 90% no ano passado. Entre os usuários frequentes de carro, a aprovação também é alta: 90%.

Política implementada no ano passado, a abertura de ruas e avenidas aos pedestres - como a Avenida Paulista - é aprovada por 76% dos entrevistados. Em 2015, 64% apoiavam. Também cresceu a aprovação para a construção e ampliação de ciclovias: passou de 59% no ano passado para 68% em 2016.

São favoráveis à aplicação de multa para quem invade faixa de pedestres 88% dos entrevistados; somente entre usuários frequentes de carros, a aprovação é de 93%.

Outras áreas

Na percepção do paulistano, a saúde se mantém em primeiro lugar como a "área mais problemática da cidade", com 58%. O tema "desemprego" subiu duas posições e ganhou destaque ao passar de quarto para segundo lugar entre as preocupações do paulista, com 49% das menções. Na terceira colocação, vem a questão da "segurança pública", com 44%. O assunto "trânsito" caiu do quinto para o 6º lugar. O "transporte coletivo" ocupa o quinto lugar (19%).

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