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Paralisação de rodoviários prejudica 25 mil em Porto Alegre

Trabalhadores de duas empresas que atendem à região sul da cidade paralisaram por questões trabalhistas referentes à greve do mês passado

Porto Alegre: segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), as empresas paralisadas atendem a cerca de 80 mil passageiros durante o horário de pico da manhã (Eurivan Barbosa/ Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 14h38.

Brasília - Cerca de 25 mil usuários do transporte público de Porto Alegre foram prejudicados hoje (7) pela paralisação de trabalhadores de duas empresas que atendem à região sul da cidade: a Trevo e a VTC. A estimativa é da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), entidade ligada à prefeitura e responsável por gerenciar o transporte público na capital gaúcha.

De acordo com a EPTC, as duas empresas atendem a cerca de 80 mil passageiros durante o horário de pico da manhã. “Fizemos um trabalho de remanejamento de ônibus de outros consórcios para suprir emergencialmente a falta de atendimento.

Além disso, liberamos o transporte de passageiros em pé, nas vans que já tinham autorização prévia da prefeitura. Elas geralmente só transportam passageiros sentados”, informou à Agência Brasil o assessor da EPTC Cláudio Furtado.

“Mesmo com essas frentes de ações, estimamos que 25 mil usuários sofreram algum tipo de prejuízo durante o pico da manhã”, acrescentou o porta-voz da EPTC. Segundo ele, a paralisação foi motivada por “questões trabalhistas”, relativas a descontos dos dias parados durante a greve que ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 10 de fevereiro, e também pela demissão de funcionários e insatisfações com o plano de saúde oferecidos pelas empresas.

Segundo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), entidade que representa as empresas prestadoras do serviço de transporte público, o protesto é contra o desconto dos dias parados e contra a demissão de um funcionário de cada empresa. “As duas demissões foram sem maiores traumas e sem justa causa.

Ou seja, foram pagas as indenizações das parcelas recisórias”, disse à Agência Brasil o vice-presidente da ATP, Eloy Dias dos Reis.

“Quanto aos desconto dos dias parados, as empresas têm o suporte da liminar emitida pelo TRT4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região]. Na ocasião, ainda que em carater liminar [e cujo mérito da decisão tem previsão de ser julgado por volta do dia 7 de abril], foram manifestadas, pela desembargadora, a abusividade e a ilegalidade da greve que prejudicou muitos cidadãos de Porto Alegre.

As empresas estão se valendo dessa decisão em vigor e descontando apenas dois dias por mês, contados a partir de fevereiro”, informou Reis.

Durante a mesa de negociação – da qual participaram o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre, uma comissão eleita pelos trablhadores, além de representantes da ATP, do TRT, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da EPTC e prefeitura de Porto Alegre – ficou decidido um aumento 7,5% no salário (o pleito inicial da categoria era 14%) e aumento do vale-refeição de R$ 16 para R$ 19 por dia trabalhado.

“Quanto ao plano de saúde, foi acordado que o aumento brutal dos valores cobrados pelas operadoras [55%] seria absorvido pelas empresas. Com isso, o plano foi mantido”, acrescentou Reis.

A ATP diz que não pretende reabrir negociações sobre a decisão judicial que autorizou o desconto dos dias parados.

A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre. Até o fechamento da matéria, ninguém atendeu às ligações telefônicas.

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Brasília - Cerca de 25 mil usuários do transporte público de Porto Alegre foram prejudicados hoje (7) pela paralisação de trabalhadores de duas empresas que atendem à região sul da cidade: a Trevo e a VTC. A estimativa é da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), entidade ligada à prefeitura e responsável por gerenciar o transporte público na capital gaúcha.

De acordo com a EPTC, as duas empresas atendem a cerca de 80 mil passageiros durante o horário de pico da manhã. “Fizemos um trabalho de remanejamento de ônibus de outros consórcios para suprir emergencialmente a falta de atendimento.

Além disso, liberamos o transporte de passageiros em pé, nas vans que já tinham autorização prévia da prefeitura. Elas geralmente só transportam passageiros sentados”, informou à Agência Brasil o assessor da EPTC Cláudio Furtado.

“Mesmo com essas frentes de ações, estimamos que 25 mil usuários sofreram algum tipo de prejuízo durante o pico da manhã”, acrescentou o porta-voz da EPTC. Segundo ele, a paralisação foi motivada por “questões trabalhistas”, relativas a descontos dos dias parados durante a greve que ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 10 de fevereiro, e também pela demissão de funcionários e insatisfações com o plano de saúde oferecidos pelas empresas.

Segundo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), entidade que representa as empresas prestadoras do serviço de transporte público, o protesto é contra o desconto dos dias parados e contra a demissão de um funcionário de cada empresa. “As duas demissões foram sem maiores traumas e sem justa causa.

Ou seja, foram pagas as indenizações das parcelas recisórias”, disse à Agência Brasil o vice-presidente da ATP, Eloy Dias dos Reis.

“Quanto aos desconto dos dias parados, as empresas têm o suporte da liminar emitida pelo TRT4 (Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região]. Na ocasião, ainda que em carater liminar [e cujo mérito da decisão tem previsão de ser julgado por volta do dia 7 de abril], foram manifestadas, pela desembargadora, a abusividade e a ilegalidade da greve que prejudicou muitos cidadãos de Porto Alegre.

As empresas estão se valendo dessa decisão em vigor e descontando apenas dois dias por mês, contados a partir de fevereiro”, informou Reis.

Durante a mesa de negociação – da qual participaram o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre, uma comissão eleita pelos trablhadores, além de representantes da ATP, do TRT, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da EPTC e prefeitura de Porto Alegre – ficou decidido um aumento 7,5% no salário (o pleito inicial da categoria era 14%) e aumento do vale-refeição de R$ 16 para R$ 19 por dia trabalhado.

“Quanto ao plano de saúde, foi acordado que o aumento brutal dos valores cobrados pelas operadoras [55%] seria absorvido pelas empresas. Com isso, o plano foi mantido”, acrescentou Reis.

A ATP diz que não pretende reabrir negociações sobre a decisão judicial que autorizou o desconto dos dias parados.

A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre. Até o fechamento da matéria, ninguém atendeu às ligações telefônicas.

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