Brasil

Paralisação de caminhoneiros no Brasil preocupa empresas argentinas

Se protesto nas estradas não for solucionado rapidamente, o impacto será grande, segundo empresário argentino

Caminhoneiros: Embaixada do Brasil em Buenos Aires não tinha recebido reclamações de exportadores e importadores até a manhã desta quarta (23) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Caminhoneiros: Embaixada do Brasil em Buenos Aires não tinha recebido reclamações de exportadores e importadores até a manhã desta quarta (23) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de maio de 2018 às 16h04.

Última atualização em 23 de maio de 2018 às 16h24.

Empresas argentinas que fazem comércio com o Brasil estão em estado de alerta e acompanhando as manifestações dos caminhoneiros brasileiros contra o alto preço do combustível. Até o momento, os protestos em rodovias federais e estaduais brasileiras não causou problemas no comércio bilateral.

"A greve ainda é muito incipiente, para medir como nos afeta", disse em entrevista à Agência Brasil, Gustavo Segré, sócio e diretor do Center Group, que administra 53 empresas argentinas operando no Brasil. "Mas se o problema não for solucionado rapidamente, o impacto será grande", alertou.

A Tito Smart Model Logistics - responsável pela logística em transporte aéreo, marítimo e rodoviário de empresas que comercializam com o Brasil - também está acompanhando de perto a situação, que pode afetar o comércio do setor automobilístico.

"Cerca de 90% do comércio de autopeças, que representa uma parte importante das exportações argentinas de produtos industrializados para o Brasil, é feito por terra", disse à Agência Brasil, o gerente comercial da Tito, Pablo Lagreca.

A Embaixada do Brasil em Buenos Aires e a empresa de consultoria econômica especializada em América Latina Abeceb informaram que, até a manhã de hoje, não tinham recebido reclamações de exportadores e importadores. "Até agora sabemos que tem greve em 19 estados brasileiros, mas não houve queixas de empresários", disse o economista Dante Sica, diretor da Abeceb. "Mas é preciso ficar atento, porque pode repercutir no setor automotivo", acrescentou.

No vizinho Paraguai, também existe preocupação com o movimento dos caminhoneiros no Brasil. Os paraguaios, como os argentinos, lembram que a greve dos caminhoneiros ocorre depois de outra, da Receita Federal, que atrasou o comércio nas fronteiras.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaBrasilCaminhoneirosProtestos

Mais de Brasil

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas

Flávio Dino decide suspender pagamentos de emendas e manda PF investigar liberação de verbas