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Para Temer, críticas de FHC ao PSDB miram eleições de 2018

O presidente avaliou que FHC está pressionando correligionários para que o PSDB deixe o primeiro escalão em dezembro, quando o partido renovará a direção

Fernando Henrique Cardoso: ex-presidente disse que o Brasil hoje tem medo e incerteza (Divulgação/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 09h16.

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 09h17.

Brasília - Irritado com o artigo em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pede ao PSDB que desembarque do governo, o presidente Michel Temer atribuiu ontem as ações do tucano apenas a interesses eleitorais, com o objetivo de derrotar o PMDB na disputa de 2018.

Em conversas reservadas, o presidente não escondeu a mágoa com Fernando Henrique e avaliou que ele está pressionando correligionários para que o PSDB deixe o primeiro escalão em dezembro, quando o partido renovará a direção.

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Temer se reuniu ontem, no Palácio do Jaburu, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Antonio Imbassahy (Governo), além dos deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (PMDB-SP).

A discussão girou em torno da "agenda positiva" que o governo quer aprovar na Câmara, nos próximos dias, como o pacote na segurança pública. Para tanto, porém, precisa do apoio dos tucanos.

Na avaliação do deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara, o discurso do desembarque é "vazio" e não faz sentido. "É preciso lembrar Fernando Henrique que, como ex-presidente, ele não tem de pensar na próxima eleição, mas, sim, na próxima geração", provocou Mansur. "Se querem largar os ministérios, que larguem. Mas têm de ajudar o governo a fazer as reformas."

No artigo intitulado Hora de decidir, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, Fernando Henrique disse que o PSDB pode apresentar "algum nome competitivo" em 2018, "mas precisa passar a limpo o passado recente".

Para ele, "ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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