Para secretário do Rio, ressaca é "evento" novo
O secretário de Governo evitou avaliar eventuais responsabilidades do município no caso e disse apurar "aspectos de engenharia"
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2016 às 08h52.
São Paulo - O secretário municipal de Governo do Rio , Pedro Paulo Carvalho Teixeira, classificou como "um evento novo" a ressaca que atingiu e fez cair um trecho da Ciclovia Tim Maia, mas admitiu rever estruturas e protocolos municipais.
Ainda ontem, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da tragédia , que deixou pelo menos dois mortos. Os responsáveis pelo acidente podem ser indiciados por homicídio culposo (sem intenção).
Duas vítimas foram identificadas - Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 -, mas os bombeiros ainda procuram outros possíveis mortos no acidente. O caso é investigado pela 15.ª DP (Gávea).
Após se reunir com técnicos da prefeitura carioca e de institutos de engenharia, o secretário de Governo evitou avaliar eventuais responsabilidades do município no caso e disse apurar "aspectos de engenharia".
Um laudo independente, elaborado por dois institutos de pesquisa, deve apresentar um diagnóstico em até 30 dias. "A ressaca não é um fenômeno novo, mas a incidência, naquele ponto, não há dúvidas de que foi um evento novo", afirmou Teixeira, pré-candidato à prefeitura pelo PMDB.
"A Avenida Niemeyer jamais foi fechada por impactos de ondas. Se houve falha no dimensionamento dos impactos da maré naquele trecho, é isso que a perícia vai avaliar."
Essa análise caberá ao Instituto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe) e ao Instituto Nacional de Pesquisas Hidrológicas.
Os técnicos já iniciaram os trabalhos e se reuniram com órgãos da prefeitura, como a GeoRio e a Defesa Civil.
De acordo com Teixeira, também será apresentado estudo sobre impactos da maré em outros pontos e estruturas, e os órgãos devem sugerir protocolos de emergência. Entre os pontos a serem revistos está a ciclovia no Elevado do Joá, zona sul.
"A prefeitura está refazendo avaliações, protocolos, para que possamos dar cada vez mais segurança para a população."
Quatro especialistas em estruturas, análise de risco e oceanografia ouvidos pelo Estadão estranharam a alegação do secretário. Eles criticaram a comparação entre a ciclovia e a pista de carros e ônibus e defendem que a prefeitura interdite a via em caso de ressaca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O secretário municipal de Governo do Rio , Pedro Paulo Carvalho Teixeira, classificou como "um evento novo" a ressaca que atingiu e fez cair um trecho da Ciclovia Tim Maia, mas admitiu rever estruturas e protocolos municipais.
Ainda ontem, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da tragédia , que deixou pelo menos dois mortos. Os responsáveis pelo acidente podem ser indiciados por homicídio culposo (sem intenção).
Duas vítimas foram identificadas - Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 -, mas os bombeiros ainda procuram outros possíveis mortos no acidente. O caso é investigado pela 15.ª DP (Gávea).
Após se reunir com técnicos da prefeitura carioca e de institutos de engenharia, o secretário de Governo evitou avaliar eventuais responsabilidades do município no caso e disse apurar "aspectos de engenharia".
Um laudo independente, elaborado por dois institutos de pesquisa, deve apresentar um diagnóstico em até 30 dias. "A ressaca não é um fenômeno novo, mas a incidência, naquele ponto, não há dúvidas de que foi um evento novo", afirmou Teixeira, pré-candidato à prefeitura pelo PMDB.
"A Avenida Niemeyer jamais foi fechada por impactos de ondas. Se houve falha no dimensionamento dos impactos da maré naquele trecho, é isso que a perícia vai avaliar."
Essa análise caberá ao Instituto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe) e ao Instituto Nacional de Pesquisas Hidrológicas.
Os técnicos já iniciaram os trabalhos e se reuniram com órgãos da prefeitura, como a GeoRio e a Defesa Civil.
De acordo com Teixeira, também será apresentado estudo sobre impactos da maré em outros pontos e estruturas, e os órgãos devem sugerir protocolos de emergência. Entre os pontos a serem revistos está a ciclovia no Elevado do Joá, zona sul.
"A prefeitura está refazendo avaliações, protocolos, para que possamos dar cada vez mais segurança para a população."
Quatro especialistas em estruturas, análise de risco e oceanografia ouvidos pelo Estadão estranharam a alegação do secretário. Eles criticaram a comparação entre a ciclovia e a pista de carros e ônibus e defendem que a prefeitura interdite a via em caso de ressaca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.