Para presidente da CPMI, depoimento complica Perillo
De acordo com o deputado, o empresário deixou a impressão de existir uma "relação muito próxima" entre o empresário Cachoeira e o governador
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 16h27.
Brasília - O depoimento do empresário Walter Paulo Santiago hoje (5) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira pode ser um complicador para o governador de Goiás, Marconi Perillo ( PSDB ), que tem depoimento marcado na comissão na próxima terça-feira (12), na avaliação do presidente em exercício da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
De acordo com o deputado, o empresário deixou a impressão de existir uma "relação muito próxima" entre o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o governador.
"O que mostra é que todos esses entes [Santiago, Cachoeira e Perillo] estão muito ligados. O depoimento dele [de Santiago] deixou uma situação muito complicada para o governador responder", disse o presidente após a reunião.
A investigação sobre a venda de uma casa de Perilllo para Cachoeira é o fio da meada para que a comissão possa chegar a uma conclusão sobre o envolvimento do governador com Cachoeira, preso sob a acusação de liderar uma organização criminosa envolvendo políticos e empresários.
Apontado pela Polícia Federal como "laranja" do empresário Carlinhos Cachoeira, o empresário Walter Paulo Santiago informou que pagou R$ 1,4 milhão pela casa do governador.
Essa pagamento, de acordo com o empresário, foi feito em dinheiro. A informação contrasta com a anteriormente prestada por Perillo e por seu assessor Wladimir Garcez, que informaram que o pagamento foi feito em cheques. "Parece que temos dois pagamentos pela mesma casa. Isso o governador terá que explicar", disse Paulo Teixeira.
A atuação de Santiago no negócio ocorreu em nome da empresa Mestra, da qual ele se apresentou como administrador. Santiago disse aos membros da CPMI que a Mestra existia apenas para fins de "fazer negócios". A Mestra, constituída em 2006, é a proprietária legal da casa na qual Carlinhos Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro.
O capital declarado da empresa, de acordo com Santiago, é de R$ 20 mil. A empresa, de acordo com Santiago, serviu apenas para dois negócios: a compra de um terreno, no valor de R$ 120 mil, e para a compra da casa do governador.
Mesmo sendo adquirida pela Mestra, o verdadeiro morador era Cachoeira, que teria arcado inclusive com o pagamento das dívidas de impostos da casa. Durante o depoimento, Santiago disse que não sabia que Cachoeira arcou com as despesas do imóvel, apesar de ser ele o morador.
Ao ser informado disso pelos senadores, Santiago disse: "Se ele pagou eu não sei, mas se ele pagou, foi pouco, porque ele morou lá sete meses. Então, se ele pagou o IPTU foi pouco. Eu deveria cobrar dele o aluguel. Ele deveria deixar pago também o condomínio".
Outro ponto obscuro do depoimento, na opinião de Paulo Teixeira, foi referente à compra de títulos do Jockey Club de Goiânia, que Santiago não deu detalhes suficientes para que os deputados e senadores entendessem a negociação. O clube manteve um contrato de comodato com a Faculdade Padrão, empresa de Santiago, que desagradou alguns sócios.
A suspeita é que, diante do incômodo, Cachoeira teria comprado o título de muitos sócios para impedir o fim do contrato. Na opinião dos deputados, o esclarecimento dessa compra poderá contribuir para caracterizar a ligação de Cachoeira com a faculdade.
Brasília - O depoimento do empresário Walter Paulo Santiago hoje (5) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira pode ser um complicador para o governador de Goiás, Marconi Perillo ( PSDB ), que tem depoimento marcado na comissão na próxima terça-feira (12), na avaliação do presidente em exercício da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
De acordo com o deputado, o empresário deixou a impressão de existir uma "relação muito próxima" entre o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o governador.
"O que mostra é que todos esses entes [Santiago, Cachoeira e Perillo] estão muito ligados. O depoimento dele [de Santiago] deixou uma situação muito complicada para o governador responder", disse o presidente após a reunião.
A investigação sobre a venda de uma casa de Perilllo para Cachoeira é o fio da meada para que a comissão possa chegar a uma conclusão sobre o envolvimento do governador com Cachoeira, preso sob a acusação de liderar uma organização criminosa envolvendo políticos e empresários.
Apontado pela Polícia Federal como "laranja" do empresário Carlinhos Cachoeira, o empresário Walter Paulo Santiago informou que pagou R$ 1,4 milhão pela casa do governador.
Essa pagamento, de acordo com o empresário, foi feito em dinheiro. A informação contrasta com a anteriormente prestada por Perillo e por seu assessor Wladimir Garcez, que informaram que o pagamento foi feito em cheques. "Parece que temos dois pagamentos pela mesma casa. Isso o governador terá que explicar", disse Paulo Teixeira.
A atuação de Santiago no negócio ocorreu em nome da empresa Mestra, da qual ele se apresentou como administrador. Santiago disse aos membros da CPMI que a Mestra existia apenas para fins de "fazer negócios". A Mestra, constituída em 2006, é a proprietária legal da casa na qual Carlinhos Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro.
O capital declarado da empresa, de acordo com Santiago, é de R$ 20 mil. A empresa, de acordo com Santiago, serviu apenas para dois negócios: a compra de um terreno, no valor de R$ 120 mil, e para a compra da casa do governador.
Mesmo sendo adquirida pela Mestra, o verdadeiro morador era Cachoeira, que teria arcado inclusive com o pagamento das dívidas de impostos da casa. Durante o depoimento, Santiago disse que não sabia que Cachoeira arcou com as despesas do imóvel, apesar de ser ele o morador.
Ao ser informado disso pelos senadores, Santiago disse: "Se ele pagou eu não sei, mas se ele pagou, foi pouco, porque ele morou lá sete meses. Então, se ele pagou o IPTU foi pouco. Eu deveria cobrar dele o aluguel. Ele deveria deixar pago também o condomínio".
Outro ponto obscuro do depoimento, na opinião de Paulo Teixeira, foi referente à compra de títulos do Jockey Club de Goiânia, que Santiago não deu detalhes suficientes para que os deputados e senadores entendessem a negociação. O clube manteve um contrato de comodato com a Faculdade Padrão, empresa de Santiago, que desagradou alguns sócios.
A suspeita é que, diante do incômodo, Cachoeira teria comprado o título de muitos sócios para impedir o fim do contrato. Na opinião dos deputados, o esclarecimento dessa compra poderá contribuir para caracterizar a ligação de Cachoeira com a faculdade.