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Para Feliciano, Brasil não estaria pronto para beijo gay

Em entrevista ao apresentador Danilo Gentili exibida na madrugada desta sexta, deputado negou ser racista e disse que a presidente Dilma Rousseff poderá perder apoio dos evangélicos

Deputado Marco Feliciano discursa na Câmara dos Deputados (Agência Câmara)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 13h38.

São Paulo - O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) participou do programa " Agora é tarde ", apresentado pelo humorista Danilo Gentili e exibido na madrugada desta sexta. No centro de uma polêmica a respeito da sua permanência à frente da Comissão de Direitos Humanos (CDHM), Feliciano disse acreditar na possibilidade de estar sendo usado como bode expiatório em um "jogo político".

Diante da indagação de Gentili que a mobilização em torno do seu nome poderia estar abafando outros fatos, como a indicação de José Genoino (PT-SP) à participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado respondeu que a presidente Dilma Rousseff poderia acabar perdendo o apoio dos evangélicos.

A respeito de relações entre pessoas do mesmo sexo, Feliciano afirmou que a sociedade brasileira não estaria pronta para ver dois homens se beijando em um lugar público, apesar de se dizer progressista. "Não critico quem faz. Faça. Mas faça de uma maneira que não choque os demais", completou.

Apesar de dizer que amaria um filho que fosse gay, o deputado disse que uma criança que tem em casa pai e mão que se amam, criada em uma sociedade assim, "dificilmente irá se desvirtuar".

Arrependimento

Feliciano afirmou ainda que se arrependia de ter levado tristeza a pessoas que não entenderam suas afirmações. "Uma grande apresentadora do Brasil postou no Twitter dela me chamando de monstro. E ela me chamou de monstro porque eu teria dito que as criancinhas aidéticas e negras não teriam alma. Eu nunca disse isso", afirmou.

Alguns dias antes da entrevista, que foi gravada na quarta-feira, Xuxa usou a palavra para se referir a Feliciano no Facebook. “Todo mundo sabe o quanto eu respeito todas as religiões, mas esse homem não é um religioso, é um monstro. Em nome de DEUS ele não pode ter poder", escreveu na rede social.

Durante o programa, Feliciano também negou ser racista. "Para você ser racista, você tem que ter um histórico racista (...). Minha mãe é negra, meu padrasto é negro, 70% da população evangélica é de raiz negra", disse.

A respeito da sua declaração no Twitter em que afirmou que africanos descenderiam de ancestral amaldiçoado por Noé, o deputado disse que estava respondendo a uma indagação sobre o porquê do sofrimento dos habitantes do continente africano. "Pinçaram isso e fizeram uma maldade", completou.

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São Paulo - O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) participou do programa " Agora é tarde ", apresentado pelo humorista Danilo Gentili e exibido na madrugada desta sexta. No centro de uma polêmica a respeito da sua permanência à frente da Comissão de Direitos Humanos (CDHM), Feliciano disse acreditar na possibilidade de estar sendo usado como bode expiatório em um "jogo político".

Diante da indagação de Gentili que a mobilização em torno do seu nome poderia estar abafando outros fatos, como a indicação de José Genoino (PT-SP) à participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado respondeu que a presidente Dilma Rousseff poderia acabar perdendo o apoio dos evangélicos.

A respeito de relações entre pessoas do mesmo sexo, Feliciano afirmou que a sociedade brasileira não estaria pronta para ver dois homens se beijando em um lugar público, apesar de se dizer progressista. "Não critico quem faz. Faça. Mas faça de uma maneira que não choque os demais", completou.

Apesar de dizer que amaria um filho que fosse gay, o deputado disse que uma criança que tem em casa pai e mão que se amam, criada em uma sociedade assim, "dificilmente irá se desvirtuar".

Arrependimento

Feliciano afirmou ainda que se arrependia de ter levado tristeza a pessoas que não entenderam suas afirmações. "Uma grande apresentadora do Brasil postou no Twitter dela me chamando de monstro. E ela me chamou de monstro porque eu teria dito que as criancinhas aidéticas e negras não teriam alma. Eu nunca disse isso", afirmou.

Alguns dias antes da entrevista, que foi gravada na quarta-feira, Xuxa usou a palavra para se referir a Feliciano no Facebook. “Todo mundo sabe o quanto eu respeito todas as religiões, mas esse homem não é um religioso, é um monstro. Em nome de DEUS ele não pode ter poder", escreveu na rede social.

Durante o programa, Feliciano também negou ser racista. "Para você ser racista, você tem que ter um histórico racista (...). Minha mãe é negra, meu padrasto é negro, 70% da população evangélica é de raiz negra", disse.

A respeito da sua declaração no Twitter em que afirmou que africanos descenderiam de ancestral amaldiçoado por Noé, o deputado disse que estava respondendo a uma indagação sobre o porquê do sofrimento dos habitantes do continente africano. "Pinçaram isso e fizeram uma maldade", completou.

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