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Para Aécio, governo não passa confiança a investidores

Para o senador e provável presidenciável tucano, o governo hoje mais atrapalha do que ajuda o setor privado, além de não passar confiança ao mercado


	Aécio Neves, em encontro do PSDB: “É fora de propósito assistirmos à presidente indo a Nova York se reunir com investidores para dizer que Brasil respeita contratos", afirmou o senador
 (José Cruz/ABr)

Aécio Neves, em encontro do PSDB: “É fora de propósito assistirmos à presidente indo a Nova York se reunir com investidores para dizer que Brasil respeita contratos", afirmou o senador (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 18h07.

São Paulo – Em críticas dirigidas ao governo de Dilma Rousseff, o senador tucano Aécio Neves disse hoje que o Brasil não provê as condições para que as empresas tenham confiança e invistam no país. As evidências são várias, segundo o presidente do PSDB.

“É fora de propósito assistirmos à presidente indo a Nova York se reunir com investidores para dizer que Brasil respeita contratos. Isso é a Carta aos Brasileiros, de 10 anos atrás”, afirmou o provável presidenciável tucano durante o EXAME Fórum.

Na semana passada, em palestra promovida pelo banco Goldman Sachs com investidores internacionais, em NY, Dilma reiterou que no Brasil não existe risco jurídico.

A Carta ao Povo Brasileiro foi o documento lançado pela campanha de Lula, em 2002, para acalmar o mercado financeiro diante de uma possível vitória petista.

Aécio afirmou ainda que a política de isenções do governo federal para determinados setores também contribuiu para o “descompromisso entre aquilo que se propõe e aquilo que se realiza”.

“Eu acho que governo vem tratando a politica macroeconômica com instrumentos de microeconomia. Quem está fora certamente está irritado com o governo. Mas quem recebeu (isenções) também, porque eles não podem fazer planejamento de longo prazo. Não há segurança”, disse o senador.

Aécio criticou ainda outras bandeiras ligadas à administração petista, como a de “campeões nacionais”, a política de beneficiar empresas escolhidas para competir mundialmente e que tiveram crédito e investimento fartos do BNDES no governo Lula.

“Não vejo ganhos para a economia. É uma absoluta falta de transparência. Ninguém sabe dizer o custo dessa relação Tesouro-BNDES para o Brasil”, criticou o senador.

Embora o BNDES ainda seja beneficiado com repasses do Tesouro, o próprio presidente do banco, Luciano Coutinho, sinalizou este ano o fim da política de campeões, ao dizer que ela havia sido “concluída”.

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