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Paes recua sobre exigência de passaporte da vacina em shoppings e táxis

"Temos de fazer algo cumprível. A gente não pode exigir o que não vai ser cumprido", alegou o prefeito do Rio, 2 horas após assinar o documento

Eduardo Paes. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 13h40.

Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 13h50.

Duas horas após assinar um decreto que ampliava a abrangência do "passaporte da vacina", o prefeito do Rio de Janeiro , Eduardo Paes (PSD), recuou e afirmou que houve "exagero" no documento desta quinta-feira e que amanhã vai rever a exigência do pedido comprovante vacinal para entrar em táxis — o que também seria estendido a carros de aplicativo — e shoppings da cidade.

Inicialmente, o decreto fez aumentar a lista de estabelecimentos em que é exigida a comprovação da imunização contra a covid-19, sendo necessária a apresentação do certificado para acessar shoppings, ir a áreas internas ou com cobertura de restaurantes e bares, se hospedar em hotéis e utilizar serviços de transporte individual ( confira a lista completa abaixo ). A medida já vale a partir desta quinta-feira.

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"Temos de ver a praticidade e a efetividade do decreto. Tem umas áreas que foi um exagero, como o táxi e shopping. Não acho necessidade disso e, por isso, vamos recuar o pedido para táxi e shopping amanhã", disse Paes. "Eu não tinha detalhes de todas as áreas e quando eu vi táxi e shopping decidi tirar. Temos de fazer algo cumprível. A gente não pode exigir o que não vai ser cumprido. O que temos é cumprível", acrescentou.

Veja onde o passaporte passaria a ser exigido (sem o recuo prometido por Paes):

A fiscalização das normas ficará a cargo do Instituto de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio). É responsabilidade de cada local "o controle de entrada de cada indivíduo nas suas dependências, mediante apresentação de comprovante vacinal juntamente com documento de identidade com foto". Além disso, a administração de cada local precisa manter o acesso às suas dependências livre de tumultos e aglomerações.

A linha do tempo do passaporte da vacina

Sobre a decisão da prefeitura em não solicitar o pedido de passaporte vacinal para repartições públicas, Paes disse que "todos os servidores foram obrigados a entregar o documento' para comprovar que estão vacinados. Ele não comentou por que o município não vai exigir de escolas e universidades que cobrem o documento.

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