Oposição articula reunião de emergência da CPMI da Petrobras
Ainda sem data para o encontro, parlamentares oposicionistas retomarão as tentativas por mais informações da Justiça
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2014 às 13h48.
Brasília - Partidos de oposição na Câmara e no Senado devem começar, na próxima semana, articulações para tentar marcar uma reunião de emergência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga negócios ilícitos na Petrobras .
Ainda sem data para o encontro, que deve ocorrer em Brasília, parlamentares oposicionistas retomarão as tentativas por mais informações da Justiça, após o vazamento do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, à Justiça Federal do Paraná, confirmando suspeitas levantadas pelo colegiado.
“Estamos tentando uma agenda e, evidentemente, conseguir a cópia do depoimento. Foi uma comprovação e o testemunho mais forte para o processo”, afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE).
Segundo ele, a oposição ainda não definiu a estratégia, mas vai tentar a convocação da CPMI, mesmo com quorum ainda comprometido pelo segundo turno das eleições.
No audio liberado ontem (9) pela Justiça do Paraná, Paulo Roberto Costa afirmou que as empresas contratadas como fornecedoras da Petobras tinham de pagar 3% do valor do contrato como propina e que, parte desse dinheiro, era direcionada para dirigentes do PT, PMDB e PP.
Em entrevista à Agência Brasil, o ex-líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), reagiu às denúncias. Fontana reafirmou declarações feitas desde a instalação da CPMI.
À época, ele acusou a oposição de fazer uma “movimentação grosseiramente eleitoral”.
O parlamentar lembrou que as investigações envolvendo a estatal já estavam sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Também sem antecipar estratégias, Fontana adiantou que os aliados trabalharão para impedir a marcação da reunião de emergência.
“O ex-diretor da Petrobras é claramente um criminoso, corrompido e que participou de um conjunto de ilícitos e ilegalidades. Agora, faz delaçao premiada. A utilizaçao pré-eleitoral da delaçao é algo inaceitável e precisa ser duramente criticado. Evidentemente, faremosr tudo que está ao nosso alcance para evitar essa exploraçao dirigida contra nossa candidata”, declarou o deputado do PT.
Ontem, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nota repudiando as declarações do ex-diretor da Petrobras, classificando-as de “caluniosas”.
Líder do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (RJ), um dos mais cotados para assumir a presidência da Casa, admitiu que a delação premiada “causa preocupação na campanha da candidata do PT”.
Ele manteve a posição de que todas as informações sobre os crimes de corrupção na estatal sejam públicas.
“Temos de mostrar quem são os verdadeiros denunciados, quais as provas e se, efetivamente, tiveram participação nesse mar de lama da Petrobras”, ressaltou.
Procurados pela Agência Brasil, o presidente e o relator da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e deputado Marco Maia (PT-RS), não retornaram até a publicação da matéria.
Também não retornaram o líder do PT na Câmara e o vice-presidente da Casa, deputados Vicentinho (SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Brasília - Partidos de oposição na Câmara e no Senado devem começar, na próxima semana, articulações para tentar marcar uma reunião de emergência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga negócios ilícitos na Petrobras .
Ainda sem data para o encontro, que deve ocorrer em Brasília, parlamentares oposicionistas retomarão as tentativas por mais informações da Justiça, após o vazamento do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, à Justiça Federal do Paraná, confirmando suspeitas levantadas pelo colegiado.
“Estamos tentando uma agenda e, evidentemente, conseguir a cópia do depoimento. Foi uma comprovação e o testemunho mais forte para o processo”, afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE).
Segundo ele, a oposição ainda não definiu a estratégia, mas vai tentar a convocação da CPMI, mesmo com quorum ainda comprometido pelo segundo turno das eleições.
No audio liberado ontem (9) pela Justiça do Paraná, Paulo Roberto Costa afirmou que as empresas contratadas como fornecedoras da Petobras tinham de pagar 3% do valor do contrato como propina e que, parte desse dinheiro, era direcionada para dirigentes do PT, PMDB e PP.
Em entrevista à Agência Brasil, o ex-líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), reagiu às denúncias. Fontana reafirmou declarações feitas desde a instalação da CPMI.
À época, ele acusou a oposição de fazer uma “movimentação grosseiramente eleitoral”.
O parlamentar lembrou que as investigações envolvendo a estatal já estavam sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Também sem antecipar estratégias, Fontana adiantou que os aliados trabalharão para impedir a marcação da reunião de emergência.
“O ex-diretor da Petrobras é claramente um criminoso, corrompido e que participou de um conjunto de ilícitos e ilegalidades. Agora, faz delaçao premiada. A utilizaçao pré-eleitoral da delaçao é algo inaceitável e precisa ser duramente criticado. Evidentemente, faremosr tudo que está ao nosso alcance para evitar essa exploraçao dirigida contra nossa candidata”, declarou o deputado do PT.
Ontem, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nota repudiando as declarações do ex-diretor da Petrobras, classificando-as de “caluniosas”.
Líder do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (RJ), um dos mais cotados para assumir a presidência da Casa, admitiu que a delação premiada “causa preocupação na campanha da candidata do PT”.
Ele manteve a posição de que todas as informações sobre os crimes de corrupção na estatal sejam públicas.
“Temos de mostrar quem são os verdadeiros denunciados, quais as provas e se, efetivamente, tiveram participação nesse mar de lama da Petrobras”, ressaltou.
Procurados pela Agência Brasil, o presidente e o relator da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e deputado Marco Maia (PT-RS), não retornaram até a publicação da matéria.
Também não retornaram o líder do PT na Câmara e o vice-presidente da Casa, deputados Vicentinho (SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).