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ONGs fazem campanha contra Bolsonaro em Direitos Humanos

Bolsonaro afirma que, caso consiga a presidência, Comissão de Direitos Humanos vai discutir redução da maioridade penal e não defenderá direitos dos gays.

O deputado Jair Bolsonaro quer disputar a presidência da Comissão de Direitos Humanos (Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados)

Mariana Desidério

Publicado em 3 de março de 2015 às 14h38.

São Paulo – Um grupo de ONGs organizou um abaixo-assinado para tentar impedir que o grupo ligado ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ocupe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara .

Deputado mais votado do Rio de Janeiro, Bolsonaro integra a Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, e defende bandeiras como a redução da maioridade penal, a pena de morte e é contra a promoção dos direitos dos gays.

O documento contra Bolsonaro é assinado por mais de 100 entidades e por nomes como o do ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e do cartunista Laerte Coutinho.

Entregue a todos os parlamentares, o texto faz um apelo: “É indispensável que a nova presidência da comissão honre sua história de luta por direitos, pelo reconhecimento da diversidade e da tolerância neste país, por meio da manutenção de canais abertos e constantes de diálogo com a sociedade civil”, diz a nota pública.

Jair Bolsonaro se candidatou à presidência da Comissão de Direitos Humanos em 2014 e perdeu por apenas um voto. Agora, o parlamentar afirma que a bancada evangélica e a bancada da bala se articulam juntas para conseguir a presidência.

A comissãotem vinte membros, que são indicados pelos líderes partidários e depois elegem seu presidente. Bolsonaro afirma que tem tido conversas com os líderes para conseguir a maioria dos indicados.

“Precisamos de 11 votos. Se tivermos esse número vamos indicar o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) para a presidência. Se tivermos apenas dez nomes, o candidato serei eu, pois tenho vantagem no critério de desempate”, disse Bolsonaro a EXAME.com. Em caso de empate, tem preferência o parlamentar mais antigo na Casa.

Caso seu grupo político consiga liderar a comissão, o pepista afirma que temas como a redução da maioridade penal entrarão na pauta. “Hoje, enquanto nós buscamos a redução de maioridade, a Comissão de Direitos Humanos trabalha contra. Isso não pode acontecer, temos que trabalhar juntos”, afirmou.

Já assuntos como os direitos dos homossexuais não terão vez. “A questão gay vai ser abolida. Não teria espaço dentro da comissão. Na minha cabeça, a minoria tem que se curvar a maioria”, disse.

A indicação dos integrantes da comissão de direitos humanos e a escolha do presidente podem ocorrer ainda esta semana.

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São Paulo – Um grupo de ONGs organizou um abaixo-assinado para tentar impedir que o grupo ligado ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ocupe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara .

Deputado mais votado do Rio de Janeiro, Bolsonaro integra a Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, e defende bandeiras como a redução da maioridade penal, a pena de morte e é contra a promoção dos direitos dos gays.

O documento contra Bolsonaro é assinado por mais de 100 entidades e por nomes como o do ex-senador Eduardo Suplicy (PT) e do cartunista Laerte Coutinho.

Entregue a todos os parlamentares, o texto faz um apelo: “É indispensável que a nova presidência da comissão honre sua história de luta por direitos, pelo reconhecimento da diversidade e da tolerância neste país, por meio da manutenção de canais abertos e constantes de diálogo com a sociedade civil”, diz a nota pública.

Jair Bolsonaro se candidatou à presidência da Comissão de Direitos Humanos em 2014 e perdeu por apenas um voto. Agora, o parlamentar afirma que a bancada evangélica e a bancada da bala se articulam juntas para conseguir a presidência.

A comissãotem vinte membros, que são indicados pelos líderes partidários e depois elegem seu presidente. Bolsonaro afirma que tem tido conversas com os líderes para conseguir a maioria dos indicados.

“Precisamos de 11 votos. Se tivermos esse número vamos indicar o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) para a presidência. Se tivermos apenas dez nomes, o candidato serei eu, pois tenho vantagem no critério de desempate”, disse Bolsonaro a EXAME.com. Em caso de empate, tem preferência o parlamentar mais antigo na Casa.

Caso seu grupo político consiga liderar a comissão, o pepista afirma que temas como a redução da maioridade penal entrarão na pauta. “Hoje, enquanto nós buscamos a redução de maioridade, a Comissão de Direitos Humanos trabalha contra. Isso não pode acontecer, temos que trabalhar juntos”, afirmou.

Já assuntos como os direitos dos homossexuais não terão vez. “A questão gay vai ser abolida. Não teria espaço dentro da comissão. Na minha cabeça, a minoria tem que se curvar a maioria”, disse.

A indicação dos integrantes da comissão de direitos humanos e a escolha do presidente podem ocorrer ainda esta semana.

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