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Onde os personagens do impeachment de Dilma estavam em 1992

Saiba o que os protagonistas do impeachment de Dilma estavam fazendo em 1992, ano em que Collor de Mello foi afastado da Presidência da República

Personagens (Reuters)

Valéria Bretas

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 05h56.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h09.

São Paulo — O destino de Dilma Rousseff (PT) está perto de ser decidido pelo Senado. Hoje, o Brasil assiste ao segundo processo de impeachment contra um presidente eleito. Em 1992, o país viu Fernando Collor de Mello sofrer um processo de impedimento. Menos de 25 anos, o Brasil se depara com um novo julgamento. Veja a seguir o que os protagonistas do processo de impeachment de Dilma faziam na época do processo contra Collor.
  • 2. Dilma Rousseff

    2 /12(Ueslei Marcelino / Reuters)

  • Veja também

    Papel no impeachment de Dilma: A petista é a personagem central do enredo. Ela é acusada de ter cometido crime de responsabilidade ao ter praticado "pedalas fiscais" e ao editar três decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. O que fazia no impeachment de Collor: Era presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul, órgão do governo gaúcho no qual começou a trabalhar como estagiária.
  • 3. Eduardo Cunha

    3 /12(Valter Campanato / Agência Brasil)

  • Papel no impeachment de Dilma: Como presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista foi o responsável por acolher o pedido de impeachment contra Dilma em dezembro de 2015. Ele autorizou a abertura do processo em retaliação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que se declarou favorável à cassação do parlamentar no Conselho de Ética.

    O que fazia no impeachment de Collor : Era presidente da Telerj, uma empresa estatal fluminense de telecomunicações. Ele assumiu o comando da companhia por indicação do então presidente Fernando Collor - a nomeação foi alvo de polêmicas.
  • 4. Michel Temer

    4 /12(ASCOM/VPR)

    Papel no impeachment de Dilma: Vice-presidente da República, Temer não se esforçou para conter a eventual derrubada de Dilma. Em março deste ano cravou sua posição e rompeu com o governo. De “vice decorativo” – como ele mesmo se descreveu em uma carta endereçada a Dilma – o peemedebista veio a ocupar a presidência interinamente.

    O que fazia no impeachment de Collor : Temer foi Procurador Geral do Estado de São Paulo até outubro de 1992. Contudo, logo após o massacre do Carandiru, que causou a morte de mais de cem detentos, ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública.
  • 5. José Eduardo Cardozo

    5 /12(Adriano Machado / Reuters)

    Papel no impeachment de Dilma: Cardozo é o advogado de defesa de Dilma durante o processo. Ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), ele é uma das figuras de maior confiança de Dilma. O que fazia no impeachment de Collor: Era secretário municipal de governo da cidade de São Paulo durante a administração da prefeita Luiza Erundina, que na época era do PT.
  • 6. Luiz Inácio Lula da Silva

    6 /12(Valter Campanato/Agência Brasil)

    Papel no impeachment de Dilma: O ex-presidente atua como padrinho de Dilma Rousseff. Ele chegou a ser nomeado como ministro da Casa Civil pela petista, mas o STF suspendeu a sua posse. O que estava fazendo em 1992, no impeachment de Collor: Era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi um dos defensores da perda do mandato do então presidente Fernando Collor de Mello. Hoje defende a ideia de que o impeachment de Dilma é “golpe”.
  • 7. Janaína Paschoal

    7 /12(Edilson Rodrigues/ Agência Senado)

    Papel no impeachment de Dilma: A advogada é autora da denúncia de impeachment contra Dilma junto com os juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo. Ela ganhou notoriedade por seus discursos inflamados contra o PT. O que fazia no impeachment de Collor: Em 1992, enquanto cursava a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Janaína ajudou a organizar atos pró-impeachment de Collor. A advogada foi assessora na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e no Ministério da Justiça.
  • 8. Hélio Bicudo

    8 /12(Nelson Almeida/AFP)

    Papel no impeachment de Dilma: O jurista é militante de direitos humanos e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Contudo, ele assina o pedido de impeachment contra Dilma junto com Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. O que estava fazendo em 1992, no impeachment de Collor: O jurista já foi deputado federal, vice-prefeito de São Paulo e presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Enquanto deputado federal pelo PT, em 1992, Bicudo atuou na ação de impeachment que destituiu Collor.
  • 9. Miguel Reale Júnior

    9 /12(Jefferson Rudy/Agência Senado)

    Papel no impeachment de Dilma: É um dos juristas que assinam a denúncia contra Dilma. Ele foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). O que fazia no impeachment de Collor: O advogado foi professor, chefe da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e Secretário Estadual da Administração e Modernização do Serviço Público no Governo de São Paulo na gestão de Mário Covas.
  • 10. Renan Calheiros

    10 /12(Ueslei Marcelino / Reuters)

    Papel no impeachment de Dilma: Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi o responsável por determinar o rito do processo de impedimento. Desde o início ele agiu com posicionamento neutro sobre o impeachment. O que fazia no impeachment de Collor: Renan foi um dos principais aliados de Collor durante a sua campanha eleitoral para a Presidência da República. Mais tarde, se tornou crítico ferrenho e foi um dos responsáveis por sua queda ao acusá-lo de participar de um esquema de corrupção.
  • 11. Lindbergh Farias

    11 /12(Antônio Cruz/ABr)

    Papel no impeachment de Dilma: É atual senador pelo PT e um dos principais defensores da ideia de que o impeachment representa, na verdade, um "golpe”. Ele é investigado pela Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz federal Sérgio Moro. O que fazia no impeachment de Collor: Era presidente da União Nacional dos Estudante (UNE) e líder do movimento dos caras-pintadas, que contribuiu significativamente para o impedimento de Fernando Collor de Mello. Anos depois ele diz ter se arrependido de ter participado dos atos.
  • 12. Viu essa?

    12 /12(Divulgação / Agência Senado)

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