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Olimpíada pode atrair R$53 bilhões em investimentos para o Rio

Os maiores investimentos e as principais áreas de criação de empregos serão infraestrutura e turismo

Vista do Rio a partir do heliponto do Pão de Açúcar, com a Lagoa Rodrigo de Freitas ao fundo. (Daniel Garcia Neto/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 20h55.

Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro pode receber 53,2 bilhões de reais (34 bilhões de dólares) em investimentos privados ligados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016, superando os recursos levantados por outras cidades-sedes de eventos esportivos, de acordo com estudo divulgado na terça-feira.

Segundo pesquisa da empresa prestadora de serviços profissionais PwC, os maiores investimentos e as principais áreas de criação de empregos serão infraestrutura e turismo. Em comparação, Barcelona recebeu cerca de 8 bilhões de dólares para os Jogos de 1992, enquanto Sydney atraiu 9,7 bilhões de dólares para a Olimpíada de 2000, revelou o estudo.

"Será maior que em outras cidades", disse Hazem Galal, líder global para cidades e governos locais da PwC, após um painel de debate sobre oportunidades de investimentos olímpicos no Rio, nesta terça-feira.

"A falta de investimentos em infraestrutura no passado no Brasil e no Rio causou uma necessidade de investimentos, e abre a chance de se redefinir alguns setores, como o turismo", acrescentou.

Apesar de suas famosas paisagens, apenas 5 milhões de turistas estrangeiros visitam o Brasil por ano. Em comparação, a pequena Dubai recebe 8 milhões de turistas estrangeiros, segundo ele. A realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo em seguida deve ajudar a quase dobrar o número de visitantes estrangeiros no Rio -- cidade que já sofre com uma falta de quartos de hotel -- para 4 milhões de pessoas até 2016, de acordo com o estudo.

No geral, os eventos devem gerar mais de 90.000 empregos no Rio, incluindo 35.400 vagas permanentes, disse o documento.

Apesar da expectativa positiva para os próximos anos, o Brasil tem enfrentado obstáculos burocráticos e logísticos que estão atrasando os preparativos do país, incluindo as reformas de aeroportos e construção de estádios para a Copa do Mundo da Fifa.


A licitação do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro fracassou na segunda-feira, sem nenhuma proposta apresentada, levantando dúvidas sobre a concretização de um dos mais importantes projetos de infraestrutura do país.

"Acredito que estamos em um momento crítico e que as decisões políticas precisam ser tomadas de forma rápida e decisiva", disse Galal.

Participantes do painel disseram que os eventos darão ao Rio uma grande oportunidade para fortalecer sua marca e atrair empresas para estabelecer suas bases de operação na cidade. Michael Charlton, ex-chefe da agência de promoção de investimentos de Londres, deu exemplos de marcas de ponta como Adidas e Omega que foram encorajadas a instalar sedes regionais na capital britânica em consequência dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres.

"A habilidade para usar a Copa do Mundo e a Olimpíada como plataformas para fortalecer o conhecimento da marca do que está acontecendo no Rio e no Brasil é simplesmente incrível", disse Charlton, atual diretor internacional da agência carioca de investimentos, Rio Negócios.

"A escala de conhecimento global sobre o que está acontecendo no Rio ainda é muito baixa."

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Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro pode receber 53,2 bilhões de reais (34 bilhões de dólares) em investimentos privados ligados à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016, superando os recursos levantados por outras cidades-sedes de eventos esportivos, de acordo com estudo divulgado na terça-feira.

Segundo pesquisa da empresa prestadora de serviços profissionais PwC, os maiores investimentos e as principais áreas de criação de empregos serão infraestrutura e turismo. Em comparação, Barcelona recebeu cerca de 8 bilhões de dólares para os Jogos de 1992, enquanto Sydney atraiu 9,7 bilhões de dólares para a Olimpíada de 2000, revelou o estudo.

"Será maior que em outras cidades", disse Hazem Galal, líder global para cidades e governos locais da PwC, após um painel de debate sobre oportunidades de investimentos olímpicos no Rio, nesta terça-feira.

"A falta de investimentos em infraestrutura no passado no Brasil e no Rio causou uma necessidade de investimentos, e abre a chance de se redefinir alguns setores, como o turismo", acrescentou.

Apesar de suas famosas paisagens, apenas 5 milhões de turistas estrangeiros visitam o Brasil por ano. Em comparação, a pequena Dubai recebe 8 milhões de turistas estrangeiros, segundo ele. A realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo em seguida deve ajudar a quase dobrar o número de visitantes estrangeiros no Rio -- cidade que já sofre com uma falta de quartos de hotel -- para 4 milhões de pessoas até 2016, de acordo com o estudo.

No geral, os eventos devem gerar mais de 90.000 empregos no Rio, incluindo 35.400 vagas permanentes, disse o documento.

Apesar da expectativa positiva para os próximos anos, o Brasil tem enfrentado obstáculos burocráticos e logísticos que estão atrasando os preparativos do país, incluindo as reformas de aeroportos e construção de estádios para a Copa do Mundo da Fifa.


A licitação do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro fracassou na segunda-feira, sem nenhuma proposta apresentada, levantando dúvidas sobre a concretização de um dos mais importantes projetos de infraestrutura do país.

"Acredito que estamos em um momento crítico e que as decisões políticas precisam ser tomadas de forma rápida e decisiva", disse Galal.

Participantes do painel disseram que os eventos darão ao Rio uma grande oportunidade para fortalecer sua marca e atrair empresas para estabelecer suas bases de operação na cidade. Michael Charlton, ex-chefe da agência de promoção de investimentos de Londres, deu exemplos de marcas de ponta como Adidas e Omega que foram encorajadas a instalar sedes regionais na capital britânica em consequência dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres.

"A habilidade para usar a Copa do Mundo e a Olimpíada como plataformas para fortalecer o conhecimento da marca do que está acontecendo no Rio e no Brasil é simplesmente incrível", disse Charlton, atual diretor internacional da agência carioca de investimentos, Rio Negócios.

"A escala de conhecimento global sobre o que está acontecendo no Rio ainda é muito baixa."

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