Brasília - Em audiência com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, a presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que, encerrada a Copa do Mundo, o governo brasileiro concentrará todos os esforços na preparação dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que participou da audiência, diferentemente do que ocorreu nos preparativos para a Copa, será possível concluir todas as obras dos Jogos antes do início da competição.
Ele destacou que, neste domingo (13), encerra-se uma fase importante do calendário esportivo e que, em seguida, todos estarão empenhados na preparação das Olimpíadas de 2016.
"Este será o tema central do governo após a Copa de 2014”, afirmou o ministro.
Aldo Rebelo lembrou que os governos federal, estadual e municipal e a Autoridade Pública Olímpica estão desenvolvendo um trabalho em conjunto para que as Olimpíadas “estejam à altura da melhor expectativa do Brasil e do mundo, para que o país possa oferecer Jogos exemplares, do ponto de vista da organização e do desempenho esportivo”.
Para ele, essa cooperação permitirá a conclusão das obras dentro dos prazos.
“Com esse ambiente e esse esforço de cooperação, temos todas as condições de entregar as obras olímpicas dentro do prazo e de obter, depois dos Jogos, um legado importante para o esporte, para a educação e para a cidade do Rio de Janeiro.”
De acordo com o ministro, o Parque Olímpico, distribuído em duas obras principais – uma no antigo Autódromo de Jacarepaguá, e outra na Vila Deodoro, em uma área da União cedida à prefeitura do Rio de Janeiro – 60% dos serviços já foram concluídos.
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1. Barcelona – 1992
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1/5 (Getty Images)
Talvez a revitalização de Barcelona seja o caso mais famoso de legado positivo deixado por uma Olimpíada. A cidade, que era considerada decadente antes dos jogos, conseguiu mudar sua imagem após a competição. Nos jogos, a cidade investiu nas parcerias entre iniciativa pública e privada e concentrou esforços na revitalização da zona portuária e do centro antigo. O resultado disso foi a revitalização da cidade velha – e o ganho de uma área valorizada à beira-mar, onde havia sido feita a Vila Olímpica. Os apartamentos da Vila foram vendidos ainda antes dos jogos.
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2. Sydney – 2000
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2/5 (Getty Images)
Sydney não teve o mesmo aproveitamento de Barcelona. Muitas instalações acabaram mostrando-se grandes demais após o evento e seguem sem muita ocupação. Mesmo assim, houve um legado positivo importante. A cidade despoluiu a baía de Sydney, que foi utilizada nas provas de Vela, e também implantou forma de reaproveitamento de água, energia e lixo. Além disso, também foi feita a transformação de uma região degradada em área residencial.
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3. Atlanta -1996
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3/5 (Getty Images)
Os jogos de Atlanta foram bastante conturbados – com direito a um atentado a bomba – mas o pós-jogo foi positivo. O Parque Olímpico foi construído em uma região degradada da cidade, desenvolvendo o bairro. A Universidade Georgia Tech utiliza a vila olímpica para acomodar seus estudantes e também o centro de esportes aquáticos.
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4. Seul – 1988
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4/5 (Getty Images)
Em Seul os jogos auxiliaram a desenvolver a cidade e também o esporte no país. Além de ter dado lucro, essa edição dos jogos olímpicos também atraiu novos negócios. Governada por um regime autoritário, a Coréia do Sul também via nos jogos uma possibilidade de mostrar uma imagem positiva ao mundo. Mas o regime acabou caindo antes do início da competição.
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5. Tóquio – 1964
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5/5 (Getty Images)
A cidade precisou ser transformada para receber os jogos em 1964 e mostrar que havia superado a destruição da guerra. O governo investiu em avenidas, em uma rede de serviços e também no trem-bala, inaugurado poucos dias antes do início dos jogos. Estima-se que o governo investiu 3 bilhões de dólares para construir estádios e reformar a capital. Nessa edição dos jogos, os japoneses introduziram a cronometragem eletrônica e, assim, o centésimo de segundo nos tempos dos competidores.