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Obras de Belo Monte enfrentam 17ª paralisação

Os 27 mil trabalhadores do empreendimento decidiram entrar em greve por melhorias trabalhistas


	Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte (junho de 2012)
 (Getty Images)

Vista aérea do Rio Xungu em área de construção de Belo Monte (junho de 2012) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h44.

Cuiabá - Os sítios Pimental, Belo Monte, Canais e Diques, Bela Vista e a infraestrutura das obras da Usina Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira do Pará, estão 100% paralisados. Os 27 mil trabalhadores do empreendimento decidiram entrar em greve por melhorias trabalhistas na terça-feira. É a 17ª paralisação do empreendimento.

A Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina, estima prejuízo de R$ 12 milhões por dia parado ou R$ 360 milhões por mês. Em abril, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) admitiu pela primeira vez que o cronograma pode ser afetado.

A principal reivindicação é um reajuste salarial de 15%. O CCBM ofereceu 11%. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav-PA), Rogineu Gobbo, disse que a greve só acaba se o consórcio apresentar nova proposta.

Segundo Gobbo, os trabalhadores querem, além do reajuste salarial, plano de saúde e aumento no valor do vale-refeição. Segundo ele, o reajuste de 11% foi oferecido aos trabalhadores das áreas de execução, técnica e os encarregados. Para os cargos de supervisor e gerente, o aumento chega a 6,5%.

A greve ganhou adesão aos poucos. No dia 9, os trabalhadores pararam as obras do Sítio Pimental. No dia 12, as obras foram paralisadas no sítio Belo Monte. No dia 14, a Justiça proibiu que os operários bloqueassem o acesso ao sítio Belo Monte. Para garantir o cumprimento da decisão, a Força Nacional foi convocada para reforçar a segurança no local. A Polícia Militar também foi chamada.

Em nota, a assessoria de imprensa do CCBM confirma a paralisação e destaca o reajuste de 11% proposto, "muito superior à inflação do período (5,68%); reajuste de 12% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de 25 horas/mês para 28 horas/mês; e reajuste de 30% no valor da cesta básica/vale-alimentação,atualmente de R$ 200. Segundo a assessoria de imprensa, diante da greve, o CCBM está avaliando as medidas a serem adotadas.

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