OSMAR SERRAGLIO: o deputado peemedebista foi escolhido como novo ministro da Justiça / Veja.com
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 06h33.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.
O pacote de Padilha
O advogado José Yunes, um dos melhores amigos do presidente Michel Temer e assessor especial do presidente até o ano passado, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo, que recebeu um pacote a pedido do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em 2014. Yunes afirmou que recebeu um telefonema de Padilha, em meio à campanha, afirmando que precisaria de um favor – que recebesse documentos em seu escritório, que seriam retirados por um emissário. Para sua supressa, apareceu Lúcio Funaro, operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Yunes afirmou que não sabe o conteúdo do pacote, mas disse ao site da revista Veja que Funaro lhe afirmou: “ estamos financiando 140 deputados” e que “vamos fazer o Eduardo presidente da Casa”.
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Rombo de 316,5 bi
O déficit das contas da Previdência da União e dos Estados chegou a 316,5 bilhões de reais em 2016, 44% a mais do que em 2015, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Os dados englobam o INSS e a Previdência dos servidores públicos. O resultado foi provocado pelo envelhecimento da população, mas também pela crise econômica, que elevou o desemprego e reduziu o número de pessoas contribuindo para a Previdência.
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Serraglio na Justiça
Deputado federal por cinco mandatos seguidos, Osmar Serraglio (PMDB-PR) será o novo ministro da Justiça do governo Michel Temer. O gaúcho de Erechim substitui Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal. Serraglio sai da presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para assumir a pasta em meio à crise de segurança nos presídios e nas ruas de Espírito Santo e Rio de Janeiro, além da instauração do Plano Nacional de Segurança. Foram 17 dias de discussões entre o presidente Temer e aliados para definir o substituto de Moraes. Serraglio é vice-líder do partido na Câmara e, em 2006, foi relator da CPMI dos Correios, que investigou o mensalão. Assume o papel de controle na Operação Lava-Jato sendo um de seus aliados históricos o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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40 milhões em propina
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a 38a fase da Operação Lava-Jato. Os alvos dos mandados de prisão foram Jorge Antônio da Silva Luz e o filho dele, Bruno Gonçalves Luz. Eles são considerados operadores do esquema para o PMDB e intermediavam o dinheiro de quem estava pagando a propina para quem a recebia. Ambos teriam ajudado a dar destino a pelo menos 40 milhões de dólares vindos da diretoria de Internacional da Petrobras nos últimos dez anos. Mas, de acordo com a investigação, o doleiro fazia isso desde os anos 80. Como ambos estão vivendo nos Estados Unidos, o nome deles foi colocado na lista de procurados da Interpol.
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Senadores como destino
De acordo com o Ministério Público Federal, o dinheiro era destinado principalmente a senadores do PMDB, mas não houve nomes citados. O procurador da República Diogo Castor de Mattos explicou que é provável que nem os operadores tenham conhecimento do destino do dinheiro. “Eles sabem que foi destinado para a bancada de Senado do partido e que era representado por um determinado senador, que daí, em tese, seria esse senador que distribuiria entre os outros políticos”, disse. De acordo com a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da área na Petrobras, o destinatário era o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB). A partir daí ele fazia a distribuição.
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Arcelor e Votorantim
A ArcelorMittal Brasil e a Votorantim fecharam um acordo para unir seus negócios de aços longos. Segundo comunicado, a Votorantim Siderurgia se tornará subsidiária da ArcelorMittal Brasil e, em contrapartida, o grupo Votorantim ficará com uma participação minoritária na controlada do maior grupo siderúrgico do mundo. O acordo resultará numa capacidade anual de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto e de 5,4 milhões de toneladas de laminados.
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Queda nos juros?
Apesar do corte da taxa de juro oficial do país, as taxas cobradas de consumidores e empresas subiram em janeiro. Segundo levantamento do Banco Central, a taxa média cobrada de consumidores com recursos livres (que não inclui empréstimos do BNDES) foi de 72,7% ao ano em janeiro — alta de 1 ponto percentual na comparação com dezembro. Os juros para as empresas passaram de 27,8% para 28,8% ao ano. O spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos e o que cobram de consumidores) subiu de 39,7 pontos percentuais para 41,7 pontos percentuais. Os juros do cartão de crédito rotativo bateram um novo recorde: 486,8% ao ano.
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Superávit de 18,9 bi
As contas do governo federal tiveram um superávit primário de 18,9 bilhões de reais no mês de janeiro. O valor representa um crescimento real de 21,4% na comparação com janeiro de 2016. É o melhor resultado para o mês desde janeiro de 2013. A Previdência teve um déficit de 13,3 bilhões de reais no mês passado, um crescimento de 50% em comparação com janeiro de 2016. Já o superávit do Tesouro Nacional, somado com o do Banco Central, foi de 32,3 bilhões de reais, um resultado 31,8% melhor do que o do ano passado.
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Americanos no México
Em visita ao México, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e o secretário de Segurança Doméstica, John Kelly, asseguraram que não haverá “deportação em massa” nem uso de “forças militares” contra imigrantes. O principal tema do encontro foi o anúncio, feito na terça-feira, de que os Estados Unidos vão deportar todos os imigrantes ilegais que encontrarem — não somente os que estiverem próximos à fronteira ou no país há pouco tempo, como acontecia antes. O chanceler mexicano, Luis Videgaray, disse que medidas que afetem os dois países devem ser “decididas por ambos”.
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Alemanha: a economia que mais cresceu
A Alemanha passou o Reino Unido no ranking de economias do G7 que mais cresceram em 2017. O PIB alemão subiu 1,9% no ano passado, maior taxa de expansão dos últimos cinco anos. Enquanto isso, o Reino Unido cresceu 1,8%. De qualquer forma, analistas afirmam que ambas as economias vão bem, apresentando crescimento estável, boa demanda interna e gastos públicos. O terceiro lugar ficou com os Estados Unidos (alta de 1,6% no PIB); e o quarto, com o Japão (1,4%).