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“Nunca vi tanto dinheiro”, diz procurador sobre Lava Jato

Procurador-geral da República comentou as investigações da Operação Lava Jato, da PF, que revelaram um grande esquema de lavagem de dinheiro

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot: ele comentou sobre as investigações da Operação Lava Jato (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 14h58.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (18) que as investigações da Operação Lava Jato , da Polícia Federal , revelaram um grande esquema de lavagem de dinheiro . "Nunca vi tanto dinheiro", afirmou Janot, ao comentar dados da operação aos quais teve acesso. O procurador participou nesta sexta-feira de um café da manhã com jornalistas.

Ele nomeou uma força-tarefa do Ministério Público para dar celeridade aos trabalhos, mas ressaltou que a conclusão dos inquéritos não será rápida, devido à complexidade das investigações.

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De acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões. Janot disse que era "um esquema enorme de lavagem de dinheiro" e que o dinheiro era usado para mais de uma finalidade. "Tem campanha [política], tem corrupção, são vários os destinatários e destinos dessas importâncias. O volume de dinheiro é enorme e as investigações prosseguem. Nunca vi tanto dinheiro na minha vida”, enfatizou.

Deflagrada no dia 17 de março deste ano, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal.

Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos.

A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.

Em um dos inquéritos, são investigados supostos desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No processo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e outros acusados são investigados por lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e os gastos já chegaram a R$ 20 bilhões.

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