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Novo presidente da Infraero diz que vai abrir capital da empresa

Para Matos do Vale, a abertura de capital vai ajudar o governo a captar os investimentos necessários para as obras de ampliação e modernização dos aeroportos

O novo presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, durante cerimônia de transmissão de cargo (Valter Campanato/ABr)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 19h33.

Brasília - O novo presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Gustavo Matos do Vale, afirmou hoje (24) que vai se dedicar ao projeto de abertura de capital da estatal. Segundo ele, esse processo, que deve durar três anos, vai modernizar a empresa e torna-lá mais eficiente e competitiva.

Para Matos do Vale, a abertura de capital vai ajudar o governo a captar os investimentos necessários para as obras de ampliação e modernização dos aeroportos para os grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Envolve acionistas privados e captação de recursos para novos investimentos. Além disso, o governo não perde o controle da companhia. Isso não é uma coisa fácil, mas acho que a Infraero deve caminhar para isso [abertura de capital]”.

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O novo presidente da Infraero negou que a abertura de capital resulte na privatização da empresa. “Não discuti em nenhum momento com a presidenta [da República] Dilma [Rousseff] e com outros órgãos do governo que o futuro da Infraero fosse a privatização”, afirmou. Ele disse ainda que não existe pressão para que a empresa seja privatizada, pois, para ele, os "clientes estão satisfeitos" com os serviços prestados pela estatal.

De acordo com Matos do Vale, o real problema da Infraero é o aumento da quantidade de passageiros nos aeroportos do país, que passou de 113 milhões em 2009 para 155 milhões em 2010. A estimativa é que em 2011 esse número chegue a 180 milhões. Para o novo presidente da Infraero, é necessário investir em melhorias nos aeroportos sem pensar apenas nos grandes eventos esportivos dos próximos anos.

“A Copa do Mundo é apenas uma característica, pois vão chegar 500 mil pessoas. Isso é o que atendemos por dia. É um processo paralelo ao plano de investimentos da Infraero. Vamos firmar parcerias para que possamos melhorar o atendimento ao cliente hoje”, disse. Entre 2011 e 2014, R$5,23 bilhões serão destinados aos 13 aeroportos das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

O executivo também afirmou que não serão feitas concessões de aeroportos à iniciativa privada além da do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Ele informou, porém, que há um estudo pronto sobre a construção do terceiro terminal do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). “Estou esperamos o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil para apresentar ao governo o projeto de contratação de uma empresa que possa montar um projeto de parceria público-privada [PPP] visando à construção do terminal”.

Matos do Vale assumiu a presidência da Infraero no dia 16. Ele substituiu o diretor de operações, João Márcio Jordão, que respondeu interinamente pela empresa desde a saída do presidente Murilo Marques Barboza, em fevereiro.

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