Novo ministro da Educação, Milton Ribeiro diz que está com covid-19
No Twitter, ele informou que está "medicado" e vai trabalhar remotamente; Ribeiro é o quarto ministro do governo Bolsonaro a testar positivo para a doença
Clara Cerioni
Publicado em 20 de julho de 2020 às 14h39.
Última atualização em 20 de julho de 2020 às 16h01.
O recém-empossado ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou nesta segunda-feira, 20, que contraiu o novo coronavírus . Em publicação no Twitter, ele informou que está "medicado", sem detalhar o tratamento, e que vai trabalhar remotamente.
A notícia vem em semana decisiva para a educação no Congresso Nacional, que começa hoje a discutir a PEC 15/15 para renovar e ampliar oFundo de Desenvolvimento da Educação Básica ( Fundeb ). O fundo financia 60% da educação brasileira.
Após um ano e meio de discussões, o governo apresentou de supetão no último sábado, 18, uma proposta alternativa àquela que vem sendo debatida no parlamento há pelo menos cinco anos.
Mais cedo, aliados do presidente tentaram adiar a votação na Câmara dos Deputados para a semana que vem, argumentando a necessidade de participação do novo ministro da Educação. Por hora, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou a votação para amanhã.
Novo ministro no Planalto
Ribeiro tomou posse como chefe do MEC na quinta-feira, 16, no Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro, que também está com covid-19, participou da cerimônia por videoconferência.
O ministro da Educação é o quarto do governo Bolsonaro a pegar o novo coronavírus. Nesta segunda, 20, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que contraiu a doença. Em março, logo depois do retorno de viagem presidencial a Miami, os ministros das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, foram diagnosticados com covid-19.
Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto registra um outro surto de covid-19 entre os funcionários. De acordo com dados mais recentes da Secretaria-Geral da Presidência, 36 servidores estão afastados com a doença. Desde o início da epidemia, 128 funcionários tiveram resultado positivo.
O Planalto, no entanto, mantém os servidores em trabalho presencial, a não ser os que estão no grupo de risco, e mesmo aqueles que tiveram contato com pessoas contaminadas, a menos que tenham sintomas ou tenham resultado positivo.
(Com Reuters)