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Novas revelações sobre Geddel

O que já era difícil de explicar ficou ainda mais enrolado nesta quarta-feira. O jornal Folha de S. Paulo revela que um primo e um sobrinho do ministro Geddel Vieira Lima atuam como representantes do La Vue, o edifício vetado pelo Iphan que virou o motivo da saída do ministro da cultura, Marcelo Calero. O […]

GEDDEL: ele colecionou inimigos em Brasília, na Bahia – e no Twitter / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 05h08.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h16.

O que já era difícil de explicar ficou ainda mais enrolado nesta quarta-feira. O jornal Folha de S. Paulo revela que um primo e um sobrinho do ministro Geddel Vieira Lima atuam como representantes do La Vue, o edifício vetado pelo Iphan que virou o motivo da saída do ministro da cultura, Marcelo Calero. O advogado Jayme Vieira Lima Filho, primo de Geddel, é um dos procuradores responsável pelo empreendimento. O jornal apurou ainda que outros parentes de Geddel compraram apartamentos no La Vue.

Nesta terça-feira, a base aliada do governo divulgou um manifesto de apoio ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele é acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressioná-lo para liberar a construção de um edifício em Salvador, onde Geddel comprou um apartamento. O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse que “estão fazendo tempestade em um assunto tão pequeno”.

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O presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a permanência de Geddel é “vital” para o governo; o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a discussão é um “fato superado”. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que o comportamento de Geddel “não é adequado”, “mas temos problemas enormes no país para resolver”. Como se o principal problema que o país busca resolver no momento não fosse justamente corrupção.

Se comprovada, a atitude de Geddel poderia ser enquadrada como pelo menos três crimes, de tráfico de influência, advocacia administrativa ou abuso de poder. Ficou para dia 14 de dezembro a decisão do Conselho de Ética da Presidência da República, que não tem poder de sanção, mas pode recomendar ao presidente Michel Temer, amigo de Geddel há 30 anos, penas que vão de uma simples advertência até a recomendação de exoneração. A ver se as novas revelações fazem o governo mudar de ideia sobre o ministro.

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