Nova presidente da Caixa diz que tem "apoio total" para que denúncias sejam apuradas
Daniella Consentino substitui Pedro Guimarães, que pediu demissão na semana passada, após denúncias de assédio sexual
Da redação, com agências
Publicado em 5 de julho de 2022 às 18h05.
Última atualização em 5 de julho de 2022 às 18h14.
A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, tomou posse nesta terça-feira, 5. A cerimônia ocorreu a portas fechadas, mas a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) transmitiu o evento pelas suas redes sociais. Estiveram presentes o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL).
A nova executiva do banco público teve seu nome aprovado na sexta-feira, 1º de julho, pelo Comitê de Elegibilidade da instituição e assinou o termo de posse.
Em um discurso, Daniela Marques disse que tem "total apoio" para que o banco público apure as denúncias envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
"Estou ciente dos desafios, e estou ciente dos fatos expostos que envolvem a Caixa. Faço meu compromisso que todas as providências serão tomadas. Tenho apoio total para que tudo seja apurado e esclarecido. Estou ciente que, apesar do meu lugar de privilégio, tem barreiras visíveis e invisíveis impostas a nós, mulheres", afirmou.
Guedes também discursou e falou da valorização das mulheres. "A força secreta [ do governo ] são as mulheres. Quero homenagear as mulheres que têm feito um trabalho espetacular [ no governo ]. As mulheres têm de ser protegidas do ponto de vista pessoal para desenvolverem suas potencialidades", disse o ministro.
Ele citou nominalmente algumas mulheres que fizeram ou fazem parte do governo, como Martha Seiller, que liderou o PPI e hoje está no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Solange Vieira, ex-superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Ex-secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Consentino substitui Pedro Guimarães, que pediu demissão na semana passada, após denúncias de assédio sexual que estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho. Ele negou as acusações na carta de renúncia.
No início da semana, a nova presidente da Caixa disse que o banco vai apurar com rigor as denúncias de assédio sexual feitas contra antigos dirigentes. Segundo ela, as punições necessárias serão levadas a cabo. A executiva afirmou ainda que já se reuniu com o alto comando da instituição e que a primeira decisão foi afastar pessoas envolvidas nas investigações, para proteger a imagem do banco.
(Com Estadão Conteúdo)
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