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Nova fase da Lava Jato tem "caráter político", diz Falcão

"Cada vez mais vai se confirmando isso. Os objetivos são atacar o PT, fazer o cerco em torno do Lula e de uma forma seletiva", disse presidente do partido


	Rui Falcão: "cada vez mais vai se confirmando isso. Os objetivos são atacar o PT, fazer o cerco em torno do Lula e de uma forma seletiva", disse presidente do partido
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

Rui Falcão: "cada vez mais vai se confirmando isso. Os objetivos são atacar o PT, fazer o cerco em torno do Lula e de uma forma seletiva", disse presidente do partido (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 18h45.

São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, classificou a 35ª fase da Operação Lava Jato, que culminou com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci, e a declaração do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como uma ação "de caráter político" que tem como objetivo atingir o PT às vésperas da eleição municipal e fechar o cerco em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Faz tempo que estamos dizendo que estas operações têm caráter político e seletivo. Cada vez mais vai se confirmando isso. Os objetivos são atacar o PT, fazer o cerco em torno do Lula e de uma forma seletiva", disse Falcão.

O dirigente, que acompanha o ex-presidente em uma viagem ao Rio, onde participarão de um ato em apoio à candidata do PCdoB à prefeitura, Jandira Feghali, chamou a nova fase da Lava Jato de "operação boca de urna 2". Na semana passada, quando foi preso o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, Falcão e Lula haviam chamado a ação de "operação boca de urna".

"É mais uma operação boca de urna, boca de urna dois. Na semana da eleição, por causa de fatos que foram imputados a ele (Palocci) no passado, resolver prender hoje. A pedido da PF", disse o dirigente petista.

Segundo Falcão, tanto Palocci quanto Mantega foram presos de forma arbitrária. "Ele tem endereço fixo, profissão definida. Pode ser chamado para depor, não precisa prender. Ele nem sabe do que está sendo acusado concretamente", afirmou.

Para exemplificar aquilo que chama de seletividade da PF, Falcão usou o caso do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve contas o exterior identificadas pela Lava Jato mas continua em liberdade.

"Não estou propondo a prisão do Eduardo Cunha mas no caso dele tem comprovação de conta no exterior, lavagem de dinheiro, tudo isso, e ele está aí, né? Isso mostra a seletividade dessas operações, desse complexo formado por setores da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e de setores do Judiciário", afirmou.

Falcão disse que o PT apoia as medidas tomadas por parlamentares do partido em relação do ministro da Justiça. Neste domingo, em conversa com militantes pró-impeachment em Ribeirão Preto (terra de Palocci), Morais adiantou a operação de hoje. O PT vai cobrar explicações do ministro no Congresso e estuda medidas jurídicas contra Moraes.

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