Brasil

TCU bloqueia R$ 960 mi de Gabrielli, Duque e empreiteiras

A indisponibilidade dos bens de cada foi definida cautelarmente e pelo prazo de um ano


	Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras: a indisponibilidade dos bens de cada foi definida cautelarmente e pelo prazo de um ano
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras: a indisponibilidade dos bens de cada foi definida cautelarmente e pelo prazo de um ano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 19h58.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) atualizou para R$ 960 milhões o valor da devolução cobrada do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, da empreiteira Queiroz Galvão, da Iesa Óleo e Gás e do Consórcio Ipojuca Interligações, que tiveram nesta quarta-feira, 21, seus bens bloqueados por conta de irregularidades e superfaturamento ocorridos em contratos de obras de "tubovias" da refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco.

O TCU cobra a devolução de R$ 682 milhões, valor que, corrigido a preços de hoje são estimados em R$ 960 milhões. A indisponibilidade dos bens de cada foi definida cautelarmente e pelo prazo de um ano, para "garantir o integral ressarcimento do débito em apuração imputado a cada responsável", declarou o TCU.

Em sua decisão, o ministro relator Benjamin Zymler afirmou que a restrição não deve englobar valores depositados em contas correntes e aplicações financeiras.

"A razão para tal entendimento aqui aplicável reside no fato de que o bloqueio desses ativos financeiros poderia inviabilizar a regular operação das empresas", declarou o ministro em seu voto.

"É razoável supor que, com os valores das contas bancárias bloqueadas até o expressivo valor de R$ 960 milhões, as sociedades empresárias enfrentem sérias dificuldades para honrar seus compromissos com seus empregados e fornecedores, ou seja, continuar com suas atividades. Isso acabaria por afetar sua capacidade de solvência e, até mesmo comprometer a busca do ressarcimento à Petrobras por parte desta corte de contas."

Texto atualizado às 19h15

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoQueiroz GalvãoTCU

Mais de Brasil

Primeiras ondas de frio chegam ao Brasil em abril — mas calor ainda deve predominar

Anvisa emite alerta sobre cremes dentais com fluoreto de estanho após relatos de lesões orais

Lula diz que Brasil prioriza negociações com governo Trump antes de aplicar reciprocidade em tarifas