Shopping JK Iguatemi, em São Paulo (Daniela Toviansky/VEJA SP)
Talita Abrantes
Publicado em 18 de janeiro de 2014 às 17h16.
São Paulo – Por volta das 13h30 de hoje, o shopping JK Iguatemi, no bairro do Itaim Bibi em São Paulo, fechou as portas para evitar que cerca de 150 manifestantes entrassem no local, de acordo com o jornal a Folha de São Paulo. A manifestação teria sido organizada pela UNEafro.
Na página do evento “Rolê contra o Racismo JK Iguatemi” no Facebook, cerca de 4,5 mil pessoas haviam confirmado presença.
Segundo informações postadas na rede social, a concentração começou ao meio-dia no Parque do Povo. O objetivo do evento é protestar contra o racismo, segundo o grupo, praticado pelos shopping centers ao barrar a entrada de jovens participantes dos chamados “rolezinhos”.
A reportagem tentou entrar em contato com a administração do shopping, mas, até agora, não obteve resposta.
De acordo com o site do jornal O Estado de São Paulo, parte dos manifestantes se encaminharam para a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência contra o shopping.
Ao veículo, a assessoria de imprensa do estabelecimento disse que as portas foram fechadas para garantir a segurança dos lojistas e clientes.
A UNEafro não é o único grupo político a protestar contra a decisão dos shopping centers. De acordo com reportagem de EXAME.com publicada esta semana, boa parte dos encontros marcados para os próximos dias foram organizados por movimentos sociais.
Em entrevista à EXAME.com, Bruno Felice, um dos organizadores dos "rolezinhos"originais, afirmou que tais protestos não representam o movimento orquestrado pelos jovens da periferia.
"Eu acho que esses grupos estão se aproveitando da situação. Não tem essa de classe média e classe baixa. Esse pessoal não representa o rolezinho", disse.
Veja como o fato repercutiu nas redes sociais:
Protesto no JK é assim... pic.twitter.com/i5HFrpTrSb
— xavierbarros (@xavierbarros) 18 janeiro 2014
Shopping JK Iguatemi, Parque Ibirapuera, Shopping Metrô Tatuapé... Só se fala em rolezinho!
— Marcelo Brasil (@MarceloBra) 18 janeiro 2014