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Nos bastidores, aliados se dividem sobre postura de Haddad em 2º turno

"Tem que focar em propostas. O discurso moral e os ataques ficam pros eleitores", disse um parlamentar petista. "Ele teria que bater mais", diz outro aliado

Fernando Haddad: candidato afirmou que "a hora é de ficar alerta" (NurPhoto/Getty Images)

Fernando Haddad: candidato afirmou que "a hora é de ficar alerta" (NurPhoto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 14h26.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 14h42.

São Paulo - Projetando um segundo turno, aliados que tomaram café da manhã com o presidenciável Fernando Haddad (PT) neste domingo, 7, divergem sobre a postura que o candidato deve adotar em uma segunda etapa da disputa contra Jair Bolsonaro (PSL).

Assim como na campanha de primeiro turno, a divergência está entre adotar um discurso de ataque contra o adversário ou apostar na discussão de propostas e no desgaste gradual de Bolsonaro.

Haddad se reuniu pela manhã com sindicalistas e aliados partidários no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Durante pouco mais de uma hora, estava tranquilo e bem humorado, de acordo com interlocutores. Mesmo admitindo surpresa com o avanço de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto na reta final, aliados mantêm a projeção de segundo turno.

"No segundo turno, tem que focar em propostas. O discurso moral e os ataques ficam para os eleitores", disse um parlamentar petista. "Ele teria que bater mais", falou outro aliado, em discordância.

Para Haddad ter vantagem no segundo turno, dizem petistas, Bolsonaro terá de aceitar debater "frente a frente" e deixar transparecer que tem um programa mais esvaziado. Além disso, Haddad espera atrair o eleitorado de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e parte dos votos de Geraldo Alckmin (PSDB).

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