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Em dia de greve do Metrô e CPTM, Linha 9-Esmeralda tem falha técnica e está paralisada

Ônibus da operação Paese foram acionados para atendimento entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré

Hoje, os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciaram greve de 24 horas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Hoje, os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciaram greve de 24 horas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 14h39.

Última atualização em 3 de outubro de 2023 às 15h39.

A Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentou uma falha nesta terça-feira, 3. Os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré estão paralisados.

Em nota, a Via Mobilidade, que administra as linhas 8 e 9 da CPTM, não destacou quando haverá o retorno da linha. "Devido à falha no sistema elétrico, a circulação de trens da Linha 9-Esmeralda está paralisada entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré. Ônibus da operação Paese foram acionados para atendimento do trecho".

Hoje, ofuncionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciaram greve de 24 horas. No transporte paulista, funcionam somente as linhas 4 (amarela) e 5 (lilás) do Metrô e as linhas 8 e 9 da CPTM.

Alvo de crítica dos grevistas, a Linha 9-Esmeralda foi defendida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em coletiva na manhã desta terça-feira. O chefe do Executivo paulista disse que o número de falhas nas linhas 8 e 9 estão diminuindo e apontou que a linha com o maior número de falhas hoje é a 15, sob gestão do Metrô. 

Segundo dados do Ministério Público, entre 27 de janeiro de 2022 quando a ViaMobilidade começou a operar as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda e 31 de janeiro deste ano, foram registradas mais de 166 falhas, entre problemas em equipamentos, trens, trilhos, sistema de alimentação elétrica, rede aérea e sinalização. Em 2019 inteiro, quando as linhas eram operadas pela CPTM, foram 121 ocorrências. Em meio a pandemia, entre 2020 e 2021, o número caiu para 34.

Por que o Metrô e a CPTM estão em greve?

Os trabalhadores exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade. Em entrevista coletiva nesta manhã, Tarcísio afirmou que o seu governo vai seguir com os estudos e classificou a greve como ilegal. 

Justiça do Trabalho já determinou que os trabalhadores da CPTM e Metrô devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos. A decisão definiu que os horários de pico são os compreendidos entre 4h e 10h e entre 16h e 21h. Também ficou proibido a liberação de catracas. Em caso de descumprimento da determinação, “cada um dos sindicatos que representam os trabalhadores sofrerão multa diária de R$ 500 mil”. Como as linhas do Metrô não funcionaram e da CPTM operaram de forma parcial nesta terça-feira, os sindicatos devem ser multados. 

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