No Brasil, quase 62 mil pacientes com coronavírus conseguiram se recuperar
O índice de 40% de recuperados é calculado sobre o total de casos que já tiveram um desfecho e não considera os pacientes ainda em tratamento
Ernesto Yoshida
Publicado em 9 de maio de 2020 às 19h19.
Última atualização em 9 de maio de 2020 às 19h37.
Em meio às más notícias sobre o avanço da covid-19 no Brasil e no mundo, um dado que serve de alento é o que mostra o número de pessoas que estão conseguindo vencer a doença. O último balanço do Ministério da Saúde aponta que, no Brasil, mais de 61.685 pessoas se recuperaram, o que representa quase 40% das mais de 155 mil pessoas que contraíram a doença. Há, ainda, 83.627 (53%) em acompanhamento e 10.627 (7%) óbitos.
No mundo, os índices também são positivos. De acordo com dados do site Worldometer, que compila informações em tempo real de milhares de fontes no mundo, dos cerca de 4 milhões de casos confirmados no mundo, em torno de 2,4 milhões são pacientes ainda em tratamento (98% com sintomas leves e 2% em situação séria ou crítica). Do total de 1,6 milhão de casos que já tiveram um desfecho.
Alguns países se destacam com taxa de recuperação bem superior à média mundial. Na Alemanha, por exemplo, esse índice é de 95%. A Alemanha é conhecida por ter um dos sistemas de saúde mais eficientes do mundo. Graças à estratégia de testagem em massa da população, o país conseguiu identificar rapidamente muitos casos de covid-19 ainda no início da pandemia e, dessa maneira, pôde isolar os contaminados antes que esses espalhassem ainda mais os vírus. Com isso, conseguiu dedicar mais atenção aos doentes.
Outro país que se destaca nesse aspecto é a China, onde foram descobertos os primeiros casos do novo coronavírus, em dezembro do ano passado. O índice de pacientes recuperados é de 94%. Segundo dados do Worldometer, a China conta atualmente com apenas 208 pessoas infectadas, o que praticamente não é nada num país com 1,4 bilhão de habitantes.
No outro extremo, os Estados Unidos, que lideram as estatísticas globais de pessoas infectadas e óbitos causados pela covid-19, a situação é mais crítica, com um índice de recuperação de 74%, abaixo da média mundial. Um levantamento divulgado hoje pelo jornal The New York Times revelou que pelo menos 25.600 residentes e trabalhadores morreram devido ao coronavírus em lares de idosos e outras instituições de longa permanência para idosos. Isso representa um terço do total de óbitos registrados no país.
Entre os países com menores índices de recuperação até agora está a Bélgica, com 61%. Ou seja, do total de casos que já tiveram desfecho no país, 39% resultaram em óbito. A Bélgica está em sétimo lugar no mundo em número de mortes por covid-19 (cerca de 8.600), apenas uma posição abaixo do Brasil. O país europeu registrou até agora em média 740 óbitos por milhão de habitantes, a mais alta taxa no mundo.
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