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Não vejo problema em ser convocado pela CPI, diz Cardozo

Ele disse não estar surpreso com a convocação e que atenderá aos parlamentares com prazer


	Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: "Se alguém tem alguma dúvida que eu possa contribuir, é o meu dever", afirmou
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: "Se alguém tem alguma dúvida que eu possa contribuir, é o meu dever", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 14h12.

Brasília - Em meio a especulações de que teria sido escalado pelo Palácio do Planalto para poupar ministros que trabalham diretamente com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou não ver nenhum problema em ter sido convocado para prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras.

Questionado sobre a possível estratégia do governo, Cardozo respondeu: "A mim não cabe entrar neste mérito. Francamente, acho que é dever de um ministro ir ao Parlamento. Não vejo por que a minha ida mudaria algum roteiro investigativo da CPI".

Ele disse não estar surpreso com a convocação e que atenderá aos parlamentares com prazer. "Se alguém tem alguma dúvida que eu possa contribuir, é o meu dever", afirmou.

Em coletiva de imprensa no Ministério da Justiça, Cardozo afirmou não se sentir abandonado pelo PT. "Recebi inclusive da bancada de deputados do PT um manifesto de apoio à minha conduta", disse há pouco.

Oficialmente, a presença de Cardozo na CPI, ainda sem data marcada, será para falar sobre supostas escutas instaladas pela Polícia Federal na cela do doleiro Alberto Youssef sem autorização da Justiça. O ministro informou que a apuração sobre o caso está em curso e sob sigilo e que ações abusivas devem ser coibidas, ressaltando que não controla o mérito de investigações da PF.

Cardozo disse ainda que tem sido considerado um ministro "mão pesada" em questões disciplinares. "Foram muitas demissões que eu pratiquei na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal diante a desmandos comprovados", afirmou. "Talvez eu tenha sido o ministro que mais demitiu por infrações disciplinares nos últimos tempos".

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