Brasil

Bolsonaro ignora recomendações de saúde e volta a criticar isolamento

Sem máscara, Bolsonaro ficou uma hora na rampa do Planalto conversando com seguranças e acenando para apoiadores que se juntavam à grade

Bolsonaro demite Mandetta e Nelson Teich assume ministério da Saúde (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro demite Mandetta e Nelson Teich assume ministério da Saúde (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2020 às 10h20.

Última atualização em 19 de abril de 2020 às 10h29.

O presidente Jair Bolsonaro ignorou mais uma vez as recomendações de distanciamento social por conta do novo coronavírus e fez um passeio por Brasília neste sábado, 18. 

Sem máscara, Bolsonaro ficou cerca de uma hora na rampa da sede do Poder Executivo conversando com seguranças e acenando para apoiadores que começavam a se juntar à grade e que passavam em frente ao Planalto. Acompanhado do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) e seguranças, Bolsonaro desceu a rampa e conversou com a população que o esperava. 

"Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. O Brasil está mergulhando no caos. Quero crer que não seja apenas uma vontade desses políticos, que não vou nominar aqui, querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui", disse enquanto apoiadores gritavam contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social e afirmou que medidas impostas por governadores causam efeitos negativos na economia do País. O presidente também citou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu competência de Estados, Distrito Federal e municípios em regras de isolamento.

Nesta semana, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 200 mortes diárias em razão da covid-19. Ainda neste sábado, 18, o Ministério da Saúde registrou 211 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com isso, o número de óbitos por covid-19 chegou a 2.347 no País desde o início da pandemia. Os casos atualmente confirmados somam 36.599.

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