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Não tenho constrangimento, diz Aécio sobre aeroporto em MG

Em entrevista ao Jornal Nacional, o candidato do PSDB afirmou que, "se houve algum prejudicado, foi o meu tio-avô”

Aécio Neves (PSDB) participa de encontro com prefeitos em Manaus, no Amazonas (Igo Estrela/Coligação Muda Brasil/Divulgação via Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 22h23.

São Paulo – O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves , disse não ter sentido nenhum constrangimento em ter usado o Aeroporto de Cláudio (MG), construído em uma fazenda de um parente seu.

“Se houve algum prejudicado, foi o meu tio-avô”, disse Aécio durante entrevista no Jornal Nacional desta segunda-feira.

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O candidato parece ter usado uma estratégia de dar menos relevância aos benefícios que o aeroporto traria à fazenda, afirmando ser apenas um “sítio que minha família vai durante as férias”.

Segundo denúncias do Jornal Folha de S. Paulo, governo de Minas Gerais gastou quase 14 milhões de reais na construção do aeroporto, dentro de uma fazenda de seu tio.

Segundo a reportagem, o investimento teria sido feito no segundo mandato de Aécio como governador de Minas.

Na primeira pergunta da entrevista, o apresentador William Bonner questionou o candidato sobre as críticas à economia brasileira e as medidas que ele tomaria para a retomada do crescimento, como os cortes de gastos públicos.

O tucano citou a inflação como um dos principais problemas da economia, e a previsibilidade em relação às tarifas (como as de energia elétrica e gasolina) para segurar os preços.

O candidato prometeu também um enxugamento do Estado, em uma crítica ao excesso de ministérios no Brasil (são 39 no total).

Vale lembrar que, na semana passada, ele disse que, caso seja eleito, criará o novo Ministério da Infraestrutura.

Mas ele também afirmou, durante a sabatina do G1, que sua equipe está elaborando uma proposta para reformular a divisão das pastas de 39 para cerca de 23.

Corrupção

Questionado sobre os escândalos de corrupção de seu partido (como o do cartel de trens em São Paulo e o chamado mensalão mineiro), Aécio se preocupou em separar esses casos do mensalão do PT.

No primeiro, diz ele, já houve uma condenação, “inclusive com petistas presos”. Nos casos do PSDB, ainda há um julgamento em curso.

“Se no PSDB alguém for condenado, não será tratado como herói nacional”, disse em referência ao tratamento que recebeu José Dirceu e Genoino, ambos condenados no mensalão.

Mas o momento de constrangimento foi quando surgiu o nome de Eduardo Azeredo, réu no processo do mensalão mineiro.

“Ele está me apoiando, mas, se condenado, ele será punido”, disse a Bonner. “O que posso dizer é que, independente do partido político, qualquer cidadão tem que responder por seus atos”, completou.

Bolsa Família

Durante a entrevista, o tucano prometeu não acabar com o programa Bolsa Família e continuar com a política de valorização do salário mínimo do governo Dilma.

“Não só vou continuar como as pessoas terão também ação do estado para outras carências serem sanadas”, disse.

Mas a grande questão para Aécio continuou sendo as críticas à política econômica do governo Dilma.

O candidato fez questão de relembrar a desaceleração do crescimento, a baixa geração de empregos e, novamente, a inflação (que, segundo ele, “está perturbando a vida das pessoas”).

“Quero um novo ciclo de desenvolvimento, com ética e eficiência, para o Brasil voltar a crescer”, disse antes de pedir os votos para os telespectadores do programa.

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