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Não há razão para ver perseguição política de Janot, diz Alckmin

Na terça-feira, 29, Janot foi alvo de críticas indiretas do presidente Michel Temer (PMDB), que deve ser alvo de uma nova denúncia do procurador

Geraldo Alckmin afirmou não ver razão para afirmar que Janot faz uma perseguição política (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin afirmou não ver razão para afirmar que Janot faz uma perseguição política (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 12h24.

Ribeirão Preto - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 30, não ter "nenhuma razão" para achar que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atue com alguma forma de perseguição contra políticos em suas recentes denúncias.

Na terça-feira, 29, Janot foi alvo de críticas indiretas do presidente Michel Temer (PMDB), que deve ser alvo de uma nova denúncia do procurador, e foi diretamente atacado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), contra os quais fez uma série de denúncias.

"Não tem nenhuma razão para achar que isso ocorra. É preciso verificar o processo e analisar e, em principio, não (há perseguição)", disse Alckmin após cerimônia de entrega de veículos à Polícia Militar em Ribeirão Preto (SP). Sobre a nova denúncia de Janot contra Temer, o governador paulista desconversou: "não há qualquer informação e vamos aguardar", completou.

Defensor que o PSDB apoie as reformas que tramitam no Congresso independentemente do apoio formal ao governo Temer, Alckmin admitiu que a da Previdência corre o risco de ser aprovada apenas parcialmente, diante da base frágil para a provação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). "A Reforma a Previdência depende de quórum alto, mas é possível aprovar ao menos uma parte".

Para o governador paulista, a reforma mais urgente é a política, visando as eleições de 2018. Ele defendeu a aprovação da cláusula de barreira para frear o aumento de partidos políticos, o voto distrital, ou distrital misto, e limites para tornar a campanha mais barata.

"Hoje tem uma notícia de que deve ser autorizada a criação do 36º partido político. É inadmissível. Tem de aprovar ( a reforma política) e nós defendemos as cláusulas de desempenho e barreira para ter menos partido, voto distrital ou distrital misto e campanha barata, sem gravações externas para acabar com a 'marquetagem'", disse.

Alckmin afirmou também que o relacionamento com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) "é muito bom, assim como com todos os prefeitos do Estado de São Paulo". Da mesma forma que o governador, Doria é um dos pré-candidatos tucanos à presidência da República em 2018.

O governador afirmou não estar em uma pré-campanha para presidente, disse "trabalhar para ajudar o País a sair da crise" e negou que Doria tenha sido preterido em um jantar realizado com prefeitos do ABC paulista, na segunda-feira, 28.

"A reunião foi só com prefeitos do ABC, eles têm consórcio com oito municípios. O João Doria, eu estive com ele no domingo tomando um café, então a reunião foi só com o ABC", destacou Alckmin.

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