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Bolsonaro nega ser racista ao dizer que salvou colega negro do Exército

Em entrevista para o programa da Luciana Gimenez, o presidente disse que "racismo é coisa rara no Brasil"; assista na íntegra

Bolsonaro: o presidente já disse em entrevistas que é “homofóbico, com muito orgulho” (Rede TV!/Reprodução)

Bolsonaro: o presidente já disse em entrevistas que é “homofóbico, com muito orgulho” (Rede TV!/Reprodução)

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Clara Cerioni

Publicado em 8 de maio de 2019 às 12h33.

São Paulo — "O racismo é coisa rara no Brasil", afirmou o presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (8) na entrevista que concedeu ao programa "Luciana By Night", da apresentadora Luciana Gimenez, na Rede TV!.

"O tempo todo tentam jogar o negro contra o branco, homo contra hétero ou pai contra filho. Desculpe o linguajar de um presidente da República, mas isso já ‘encheu o saco'", completou.

Durante uma conversa com tom descontraído, a apresentadora disse ao presidente que nunca o viu tratando ninguém com diferença, apesar de ele ter sido "taxado" de racista e homofóbico. "A população entendeu que estavam atirando em uma pessoa inocente", explicou Bolsonaro.

Para exemplificar seu posicionamento, o presidente relembrou de sua época no Exército, em que ele salvou um dos soldados de seu grupo, que "por coincidência, é negro. Da mesma matiz do Hélio Negrão". "Se eu fosse racista: o negão caiu dentro da água e eu ia fazer o que? Eu ia cruzar os braços. Entrei lá. Na segunda vez que mergulhei, consegui trazer o negão do fundo da lagoa", completou.

Gimenez questionou porque ele não usa esse argumento, quando é chamado de racista. "Poderia ser um apelo", disse.

Logo depois, a apresentadora diz que ela mesma pode confirmar que o presidente "não é nem homofóbico". "Eu tenho uma foto sua com um gay sentado no seu colo, em meu programa", afirmou.

O registro, no caso, é de quando o jornalista Felipeh Campos, que é assumidamente gay, sentou no colo de Bolsonaro, quando ele ainda era deputado federal.

O presidente já disse em entrevistas que é “homofóbico, com muito orgulho” e que preferia ter um filho morto a um filho homossexual, entre outras declarações recorrentes em sua trajetória.

Em abril, durante um café com jornalistas, Bolsonaro afirmou que "o Brasil não pode ser um país do mundo gay, de turismo gay. Temos famílias”.

Assista à entrevista completa:

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