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Na primeira semana do ano, Rio registra morte de dois policiais militares

No sábado, o PM Mariotti morreu após ser baleado na cabeça e, nesta segunda, o soldado Miqueias Ribeiro também foi atingido e não resistiu

Mariotti: morte do PM comoveu as redes sociais após depoimento de sua esposa e filho (Facebook/Reprodução)

Mariotti: morte do PM comoveu as redes sociais após depoimento de sua esposa e filho (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 13h54.

Última atualização em 7 de janeiro de 2019 às 14h00.

Rio — No sétimo dia de 2019, o Rio de Janeiro já tem dois policiais militares assassinados. O soldado Miqueias Marinho Ribeiro foi morto no início da manhã desta segunda-feira (7), em Japeri, na Baixada Fluminense.

Ele chegava em casa de carro quando um outro veículo passou disparando várias vezes contra o PM. Ribeiro chegou a ser socorrido pela família e levado para uma clínica, mas não resistiu aos ferimentos.

O governador Wilson Witzel, disse nesta segunda-feira que a Polícia Civil já identificou o responsável pelos disparos que mataram o policial militar.

"A linha de investigação é de que foi um crime passional, uma questão envolvendo ex-namorada, ex-mulher. Mas já se tem a identificação prévia de quem foi o autor do crime, e a policia está trabalhando para prendê-lo", disse o governador a jornalistas.

Em nota, a Polícia Militar (PM) lamentou a morte e informou que "o policial estava saindo para o serviço, próximo a sua residência, quando foi surpreendido por criminosos armados em Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense. Os criminosos efetuaram disparos e fugiram. O militar foi socorrido [e levado] para a Policlínica Itália Franco, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos".

Primeiro caso

Na noite de sábado (5), o PM Daniel Henrique Mariotti morreu após ser baleado na cabeça ao tentar impedir um assalto na Linha Amarela. Ele foi o primeiro PM a morrer neste ano no estado.

Witzel foi ao enterro do PM, na tarde de domingo (6), e prometeu combater duramente o crime organizado. Ele decretou ainda três dias de luto oficial pela morte.

"Não vamos permitir que o crime organizado continue barbarizando a nossa sociedade", afirmou o governador.

"É preciso agir com rigor, cada vez mais coordenados, com mais reforços e mais técnica. E nós temos a convicção de que vamos vencer o crime organizado. O Estado é mais forte do que eles e vamos usar todos os esforços e meios para aniquilar e asfixiar o crime organizado."

No ano passado, pelo menos 94 policiais militares foram mortos no Rio.

Polícia busca atirador

Agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar estão desde o início da manhã de hoje em operação na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.

Pelo segundo dia, os agentes tentam localizar e prender os responsáveis pela morte do PM Mariotti. A ação foi realizada nas comunidades Arará, Mandela, Manguinhos, Morar Carioca, Bandeira 2 e Jacaré e resultou na prisão de quatro pessoas.

Comoção

A morte do PM Mariotti causou comoção nas redes sociais neste domingo (6), após sua mulher publicar um vídeo do filho de 2 anos do casal, que chora ao perguntar pelo pai.

"Ele vivia atrás do papai quando ele estava trabalhando... Fazia festa e abraçava papai quando chegava e agora? Ele está chamando, e papai não volta nunca mais... Deus que dor", escreveu Camila Mariotti em seu perfil no Facebook.

Na postagem, ela publicou também um áudio de Daniel para o filho. "Papai tá trabalhando. Papai só vai chegar de noite, tá bom? À noite o papai deita com você aí. Tchau".

Após a repercussão do caso, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), publicou em seu Twitter que "Legislativo, Executivo e Judiciário juntos, devem na lei, propiciar garantias para que o bem vença o mal".

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