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MPF denuncia 12 por fraude em licitação de obra do estádio de Brasília

Cartel beneficiou as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, segundo o Ministério Público Federal

Estádio de Brasília: denunciados devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a licitação (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Estádio de Brasília: denunciados devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a licitação (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de abril de 2018 às 22h01.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) apresentou nesta sexta-feira (6) três denúncias contra 12 pessoas investigadas no âmbito da Operação Panatenaico. Deflagrada em maio de 2017, a operação apura irregularidades na reforma do Estádio Nacional de Brasília, tendo como alvo um cartel de empreiteiras que burlaram e fraudaram a licitação da obra.

De acordo com o MPF, o cartel beneficiou as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, que formaram o consórcio vencedor da licitação. Na época, a Polícia Federal enviou à Justiça Federal um relatório no qual pedia o indiciamento dos ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda, bem como do ex-deputado federal e ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Fillipelli.

As 12 pessoas denunciadas, caso a Justiça autorize a abertura de processo, deverão responder por crimes como os de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. Os nomes dos investigados não foram divulgados devido a impedimentos jurídicos decorrente do sigilo dos termos de colaboração de executivos da Andrade Gutierrez.

Em agosto do ano passado, a Polícia Federal indicou um sobrepreço de R$ 559 milhões nas obras, que teria sido criado para compensar os pagamentos das vantagens financeiras indevidas aos agentes públicos, além de majorar o lucro impróprio das empreiteiras.

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