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Movimentos Populares fazem ato em SP contra conservadorismo

Os movimentos sociais criticaram Eduardo Cunha (PMDB), que lidera e articula, de acordo com o manifesto, o conservadorismo


	Os movimentos sociais criticaram ainda o presidente da Câmara dos Deputados
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Os movimentos sociais criticaram ainda o presidente da Câmara dos Deputados (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2015 às 16h06.

São Paulo -Dezenas de movimentos sociais fizeram hoje (31), na Praça da Sé, no centro da capital paulista, ato contra o avanço do conservadorismo político e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Segundo os organizadores, a manifestação – que ocupou grande parte da praça em frente à catedral – reuniu cerca de cinco mil pessoas. A polícia não fez uma estimativa dos presentes.

“Protestamos contra o avanço do conservadorismo [político], que se expressa na tentativa de criminalizar a esquerda, as organizações da classe trabalhadora e os movimentos sociais, na eliminação de direitos dos trabalhadores e previdenciários, na proposta de retorno à escravidão com a terceirização ilimitada, no genocídio contra a juventude negra, pobre e periférica e na violação aos direitos humanos”, diz o texto do manifesto dos movimentos populares, lançado no ato.

Os movimentos sociais criticaram ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que lidera e articula, de acordo com o manifesto, o conservadorismo no Congresso Nacional. “Esse moço e sua turma querem aprovar a contrarreforma para se perpetuarem no poder, mas é chegada a hora de nos livrarmos das amarras do poder econômico sobre as políticas públicas e interesses coletivos. Defendemos uma reforma política, não apenas eleitoral, que impeça que os grupos econômicos escolham e financiem seus escolhidos como representantes do povo”, destaca o documento.

O coordenador da Frente de Luta por Moradia, Manoel del Rio, defendeu o direito a moradia, e ressaltou que grande parte das propriedades, rurais e urbanas, não cumprem sua função social. “O direito a moradia está na legislação, mas ele não chega para nós porque [há] um grupo, uma casta social, que se apropria dos nossos direitos”, disse.

Os movimentos sociais protestaram também contra a proposta de redução de maioridade penal, de terceirização, de ajuste fiscal e de financiamento empresarial de campanha. Entre as entidades participantes, estavam as seguintes: Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Sem Terra de Luta e Frente de Luta por Moradia.

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