Caminhão viaja em rodovia: a Lei do Caminhoneiro é contestada por empresas geradoras de cargas por obrigar a uma parada de trinta minutos a cada quatro horas de direção (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 17h04.
Sorocaba - Motoristas de várias categorias fazem uma manifestação, na quarta-feira, 30, em São Paulo, em defesa da Lei 12.619, também conhecida como a Lei do Caminhoneiro, que estabelece o controle da jornada de trabalho desses profissionais.
O ato acontece a partir das 14 horas, no portão de acesso ao 19º Salão Internacional do Transporte (Fenatran), que se realiza no Centro de Exposições Anhembi, em Santana, zona norte da capital.
De acordo com Luis Antonio Festino, da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes Terrestres (CNTTT), apesar de ter sido aprovada há mais de um ano, a lei não está sendo cumprida.
Considerada uma conquista dos motoristas, a lei é contestada por empresas geradoras de cargas por obrigar a uma parada de trinta minutos a cada quatro horas de direção.
Também exige que o descanso diário do motorista seja ao menos de 11 horas. A Câmara dos Deputados criou uma comissão especial para tornar a lei mais flexível. "Queremos chamar a atenção para a importância dessa lei na humanização do trabalho do motorista o que, para a sociedade, representa menos acidentes e mortes no trânsito", disse Festino.
Segundo ele, o governo será cobrado por ter recuado na fiscalização da lei. "O próprio governo, que tem muitas categorias de motoristas em seus quadros, não cumpre a lei", disse.
Trabalhadores do transporte rodoviário de cargas, de passageiros e motoristas autônomos foram convocados para a manifestação que, segundo Festino, será pacífica. "O objetivo é chamar a atenção do público que vai à Fenatran. Não vamos fechar rodovias ou vias públicas."