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Motoristas abastecem em posto de Brasília sem pagar impostos

Em protesto contra os altos impostos, o posto Jarjour vendeu combustíveis a um preço reduzido


	Protesto Dia sem Impostos no posto Jarjour, em Brasília
 (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

Protesto Dia sem Impostos no posto Jarjour, em Brasília (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 17h14.

Brasília - Desde as primeiras horas da manhã de hoje (21), centenas de motoristas formaram uma fila de mais de dois quilômetros em um posto de gasolina próximo ao centro de Brasília para abastecer o carro com 20 litros de gasolina sem incidência de impostos.

No Dia da Liberdade de Impostos, promovido pela Câmara de Desenvolvimento dos Lojistas (CDL) do Distrito Federal, o preço da gasolina passou R$ 3,51 para R$ 2,23, redução de 38%.

É a sexta vez que a CDL promove a ação para lembrar o peso da carga tributária no país.

“Acreditamos que a carga tributária, em média, é 40% de tudo o que consumimos. Temos impostos similares aos de países europeus, mas serviços de terceiro mundo. Consideramos a equação desproporcional”, disse o presidente da CDL Jovem, Raphael Picanço.

De acordo com a entidade, os impostos distritais sobre o preço da gasolina correspondem a R$ 0,83 o litro do valor da bomba, enquanto os tributos federais representam R$ 0,45 do valor pago pelos motoristas.

A ação de hoje prevê também a venda de um automóvel novo, sem incidência de impostos. O trabalhador que comprovar o maior tempo de trabalho em uma mesma empresa privada poderia comprar o carro por R$ 32.752,67, uma economia superior a R$ 13 mil em relação ao valor comercializado com os impostos.

A podóloga Isabela Gonçalves reclamou de ficar mais de três horas na fila para abastecer o carro. “Não sabia que só poderia colocar 20 litros, mesmo assim valeu para se livrar desses impostos”, disse.

O estudante Gabriel Galvão criticou o volume de impostos que são cobrados no Brasil. “A carga tributária é absurda, ainda mais se levarmos em conta as condições dos serviços públicos oferecidos à população”. 

O mesmo fez a aposentada Lisete Cerqueira. “Como sou aposentada, fiquei esperando”, disse. Ela chegou na fila às 8h da manhã e conseguiu abastecer o carro por volta de 12h30. Para ela, está cada vez mais difícil suportar o peso dos impostos.

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