Acompanhe:

Morte de peixes por poluição revolta moradores de Salto

Na sexta-feira, a estimativa das autoridades era de que entre 300 e 400 quilos de peixes tivessem morrido no Rio Tietê

Modo escuro

Continua após a publicidade
Rio Tietê em Salto, no interior de São Paulo: poluição escureu o rio e matou peixes (Miguel Schincarol/Agência Perspectiva)

Rio Tietê em Salto, no interior de São Paulo: poluição escureu o rio e matou peixes (Miguel Schincarol/Agência Perspectiva)

C
Chico Siqueira

Publicado em 29 de novembro de 2014 às, 14h54.

Última atualização em 10 de setembro de 2019 às, 20h11.

Araçatuba - A quantidade de peixes mortos pela manta de poluição, que na quinta-feira, 27, escureceu as águas do Rio Tietê, em Salto, revoltou moradores e autoridades do município na manhã deste sábado, quando teve início a operação de retirada dos peixes no Córrego do Ajudante.

Na sexta-feira, a estimativa das autoridades era de que entre 300 e 400 quilos de peixes tivessem morrido, mas, ao chegar às margens do córrego na manhã deste sábado, as equipes da prefeitura se surpreenderam ao se deparar com milhares de peixes mortos.

"São toneladas e toneladas de peixes. Vamos ter de usar uma máquina retroescavadeira para retirar tantos peixes e usar um caminhão para transportá-los. É revoltante esta situação. Trata-se de um dano ambiental que não consigo mensurar acarretado para Salto. Mais uma vez, Salto paga pelos erros dos outros", desabafou o secretário do Meio Ambiente de Salto, João De Conti Neto.

Época de piracema, os peixes, na maioria corimbas e bagres, subiam a correnteza quando se depararam com a manta poluidora - estimada pela SOS Mata Atlântica em 70 km de extensão.

Para fugir, os cardumes entraram no Córrego do Ajudante, que é raso (cerca de 50 a 60 centímetros) e morreram asfixiados por falta de oxigênio.

A remoção dos peixes começou às 7 horas deste sábado, mas não tem prazo para terminar. "Possivelmente teremos de continuar no domingo", afirmou Conti Neto. O secretário disse que vai acionar o Ministério Público para que apure as responsabilidades pelo acidente ecológico.

Mas o problema, segundo ele, é que mais peixes deverão aparecer mortos em outros municípios, uma vez que a manta poluidora está descendo o rio em sentido ao Interior.

A SOS Mata Atlântica já alertara na sexta-feira que o fenômeno, na verdade, era um "acidente de grandes proporções".

De acordo com a coordenadora da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, a manta poluidora tem cerca de 70 km de extensão e deveria chegar ainda na sexta-feira ao reservatório de Barra Bonita, onde a carga tóxica se assentaria no fundo do rio.

Últimas Notícias

Ver mais
De galpão a escritório: maior complexo comercial de São Paulo atrai empresas para além da Faria Lima
seloMercado imobiliário

De galpão a escritório: maior complexo comercial de São Paulo atrai empresas para além da Faria Lima

Há 8 horas

Em meio a xingamentos, Câmara de SP aprova reajuste de 2,16% aos servidores
Brasil

Em meio a xingamentos, Câmara de SP aprova reajuste de 2,16% aos servidores

Há um dia

Michelle Bolsonaro é homenageada após vereador pegar empréstimo para alugar teatro
Brasil

Michelle Bolsonaro é homenageada após vereador pegar empréstimo para alugar teatro

Há 2 dias

Aluguel desacelera em São Paulo e fica mais perto do preço real, diz Índice EXAME-Loft
seloMercado imobiliário

Aluguel desacelera em São Paulo e fica mais perto do preço real, diz Índice EXAME-Loft

Há 3 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais