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Moro recua da nomeação de Illona Szabó após reação nas redes sociais

"Diante da repercussão negativa em alguns segmentos, optou-se por revogar a nomeação" da especialista, diz a nota do Ministério da Justiça

Illona Szabó, do Instituto Igarapé: nomeação da especialista incomodou bolsonaristas (Igarapé/Divulgação)

Illona Szabó, do Instituto Igarapé: nomeação da especialista incomodou bolsonaristas (Igarapé/Divulgação)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 19h21.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 15h57.

São Paulo - O governo Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (28) que recuou da indicação de Illona Szabó para suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).

"Diante da repercussão negativa em alguns segmentos, optou-se por revogar a nomeação", diz o texto divulgado nas redes sociais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que ainda assim reafirmou os motivos para a nomeação.

O cargo, que é de caráter meramente consultivo e não remunerado, seria para um conselho que tem como objetivo aprimorar as políticas de combate ao crime e melhora do sistema penal e penitenciário.

Szabó é co-fundadora e diretora-executiva do Instituto Igarapé, que produz pesquisas sobre segurança, justiça e desenvolvimento.

Ela havia sido recebida na quarta-feira (27) pelo ministro Sérgio Moro, quando foi publicada sua nomeação no Diário Oficial.

Mas o anúncio de sua nomeação gerou críticas de militantes pró-Bolsonaro nas redes sociais destacando que Illona é uma crítica do relaxamento das regras para posse e porte de armas.

Eles popularizaram a hashtag #Illonanão e também lembraram que já criticou publicamente promessas de Bolsonaro.

A especialista também criticou aspectos do pacote anticrime de Sérgio Moro, como a ampliação dos critérios para legítima defesa.

O recuo do governo levou o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, a pedir sua exoneração do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

Ele diz que tomou a atitude "irrevogável" em solidariedade à Illona que, segundo ele, "foi colocada em uma situação constrangedora".

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