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Ministério Público investiga sepultamentos gratuitos em cemitérios de São Paulo

A administração dos 22 cemitérios da capital foi transferida em março a quatro empresas particulares

O MP suspeita que as regras adotadas a partir dessa mudança de administração estejam afetando a concessão de gratuidade nos enterros para pessoas em vulnerabilidade no Município (Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 26 de julho de 2023 às 11h13.

O Ministério Público do Estado de São Paulo ( MP-SP ), por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, instaurou nesta terça-feira, 25, inquérito civil público para investigar possíveis violações às regras de gratuidade de sepultamentos na cidade de São Paulo.

A administração dos 22 cemitérios da capital foi transferida em março a quatro empresas particulares.

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O MP suspeita que as regras adotadas a partir dessa mudança de administração estejam afetando a concessão de gratuidade nos enterros para pessoas em vulnerabilidade no Município.

Famílias com renda mensal de até três salários mínimos ou de até meio salário mínimo per capita têm direito a sepultamento sem custo na cidade, desde que estejam com a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) atualizada.

Diligências

Entre as diligências determinadas pelo promotor Reynaldo Mapelli Júnior estão o pedido de uma série de esclarecimentos sobre a questão, como os valores dos sepultamentos antes e depois da concessão dos cemitérios, o número de sepultamentos gratuitos ocorridos por ano e quanto à obrigatoriedade de inscrição no CadÚnico para uso do benefício.

Para Mapelli Junior, a Prefeitura de São Paulo não vem atualizando devidamente o CadÚnico, o que pode estar impedindo a gratuidade no sepultamento de pessoas vulneráveis. Outro foco da investigação é o preço cobrado pelos velórios e sepultamentos nos 22 cemitérios municipais após a concessão do serviço à iniciativa privada.

A reportagem procurou a Prefeitura e as concessionárias Consolare, Cortel, Grupo Maya e Velar SP e aguarda posicionamento.

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