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Milhares protestam em São Paulo contra racionamento de água

Milhares de pessoas saíram às ruas de São Paulo para protestar contra o racionamento de água realizado há meses, devido à seca

Manifestação contra o racionamento de água, organizada por grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) (Nacho Doce/Reuters)

Manifestação contra o racionamento de água, organizada por grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 23h44.

São Paulo - Milhares de pessoas saíram às ruas de São Paulo nesta quinta-feira para protestar contra o racionamento de água realizado há alguns meses na cidade, devido à forte seca que castiga o sudeste do país.

Desta vez o protesto se focou nos moradores da periferia de São Paulo que, como denunciaram os manifestantes, estão sofrendo as piores consequências da "má gestão" do abastecimento de água.

"A crise hídrica está castigando os mais pobres, quem mais sofre é quem vive em condições precárias", declarou Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), um dos organizadores do protesto, que, segundo a Polícia Militar, reuniu cerca de oito mil pessoas.

Esse é o caso de Maria Roque de Melesa, que vive com sua filha na zona leste da capital paulista onde, há seis meses, há racionamento: "Só temos três horas de água por dia, às vezes de manhã e outras pela tarde", explicou à Agência Efe.

Para denunciar casos como o de Maria, os manifestantes se reuniram na zona oeste da cidade e percorreram os cinco quilômetros que separam a Avenida Faria Lima, onde estão escritórios de grandes multinacionais, e o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

O sistema Cantareira, o maior da cidade e responsável pelo fornecimento de água para 6,5 milhões de pessoas, subiu seu nível para 11,1% e deixou de operar com a reserva técnica.

As chuvas dos últimos meses ajudaram a aumentar o nível dos principais açudes do estado de São Paulo, mas os reservatórios seguem em níveis mínimos e o governo já alertou para um possível "racionamento drástico" a partir de março se a situação não melhorar.

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